5 dicas para não ficar na mão na hora de atualizar pacotes

Todo mundo tem um amigo(a) usuário(a) de GNU/Linux que evita atualizar pacotes com receio de que algo pare de funcionar, isso quando esse “amigo”(a) não somos nós mesmos.

Esse costume não tem relação com o nível de conhecimento que temos, mas com um temor de mexer no que está funcionando corretamente. O que precisa ser compreendido aqui é que deixar o sistema operacional desatualizado é opcional, mas muito arriscado.

Deixar de atualizar pacotes, o faz perder novas funcionalidades em seus softwares favoritos, mas também o faz perder correções de bugs e, o mais importante, correções de segurança.

Para não deixar o(a) amigo(a) leitor(a) no aperto, elaboramos algumas sugestões que, se seguidas corretamente, minimizarão as chances de ter algum problema ao atualizar pacotes em seu sistema.

 

1 – Update de versão ou de release?

Update de versão tende a trazer muitas mudanças em um software, ao passo que o update de release tende a mudar pouca coisa.

Digamos que seu pacote sairá da versão 1.0-5 para 1.0-6; Neste caso, entenda que apenas o release será atualizado. Agora, digamos que sairemos da versão 1.0-6 para 2.0.0. Aqui já fica claro que será atualizada a versão.

Geralmente update de release pode ser feito sem medo. Porém, para minimizar ainda mais os riscos, recomendo seguir todas as dicas que seguem abaixo. Para o caso de update de versão, essas próximas dicas devem ser seguidas.

2 – Changelog

Dentre as informações existentes em um pacote há o Changelog. Ele nos mostra o que foi feito na nova versão do pacote. Leia-o sempre que possível.

3 – Log do gerenciador de pacotes

Gerenciadores de pacotes como o YUM e o APT possuem arquivos de log. Todo pacote instalado, removido ou atualizado é logado em nesses arquivos. Portanto, se algo der errado, consulte o log.

4 – Rollback

Rollback é a prática de voltar algo que fora modificado ao seu estado anterior. Por exemplo, se altero a versão X de um software para versão Y e algo dá errado nessa alteração, faço rollback da versão Y para X. É uma prática muito conhecida no ITIL.

Se algo der errado no seu upgrade, pode-se fazer downgrade (rollback). O downgrade varia de distribuição para distribuição.

5 – Crie rotinas de atualizações

Deixar o sistema muito desatualizado significa que, quando for fazer uma atualização geral, terá muita coisa para atualizar. Portanto, adote uma rotina de atualização. Eu, por exemplo, atualizo meus sistemas pessoais sempre às sextas-feiras.

Resumo

Distribuições GNU/Linux, de um modo geral, possuem excelente suporte de suas comunidades. Significa que, à medida que novas versões de softwares são lançadas pelos desenvolvedores desses softwares, testes são realizados pelas comunidades das distribuições que empacotam essas novas versões e as disponibiliza nos repositórios oficiais.

A recomendação é atualizar sempre que possível. E para isso o(a) amigo(a) pode contar com o gerenciador de pacotes da sua distribuição. Não tenha medo de usá-lo, conheça-o bem e não tema a linha de comando.

Com o passar o tempo, verá que alguns pacotes podem ser atualizados sem medo.

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Fundador do SempreUPdate. Acredita no poder do trabalho colaborativo, no GNU/Linux, Software livre e código aberto. É possível tornar tudo mais simples quando trabalhamos juntos, e tudo mais difícil quando nos separamos.
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