A Inteligência Artificial Generativa (IA-G) tem evoluído rapidamente, trazendo consigo uma série de desafios, incluindo o potencial para uso malicioso. Marcelo Peixoto, CEO da Minds Digital, destaca que “essa tecnologia, capaz de criar textos, imagens e até mesmo áudios, pode ser usada de maneira enganosa ou prejudicial”. A IA-G é uma tecnologia revolucionária que tem o potencial de transformar muitos setores, desde a criação de conteúdo digital até a medicina personalizada. No entanto, como qualquer tecnologia poderosa, ela também tem o potencial de ser usada de maneira prejudicial. Isso inclui a criação de deepfakes convincentes, a propagação de desinformação e até mesmo a realização de ataques cibernéticos sofisticados.
Em 2022, os consumidores norte-americanos enfrentaram uma situação alarmante, relatando perdas financeiras sem precedentes devido a golpes. Peixoto observa que “esse valor representa um aumento de mais de 40% em comparação ao ano anterior, com as principais perdas associadas a fraudes de investimento e golpes por impostores”. Essas estatísticas são um lembrete sombrio do impacto devastador que os golpes podem ter na vida das pessoas. As perdas financeiras são apenas a ponta do iceberg, pois os golpes também podem causar danos emocionais significativos e levar a uma perda de confiança nas instituições.
É nesse cenário desafiador que a biometria de voz surge como uma solução promissora. Peixoto explica que “essa tecnologia utiliza características exclusivas da voz de um indivíduo, como tom, ritmo, entonação e outras características acústicas, para verificar a identidade de uma pessoa”. A biometria de voz é uma tecnologia emergente que tem o potencial de transformar a maneira como verificamos a identidade das pessoas. Ao invés de confiar em senhas ou tokens de segurança, que podem ser perdidos ou roubados, a biometria de voz permite que verifiquemos a identidade de uma pessoa com base em algo que é único para ela: sua voz.
O uso da biometria de voz em empresas já é uma realidade em alguns países, como os Estados Unidos e o México. No Brasil, o uso está se popularizando cada vez mais em diversos momentos das jornadas dos clientes. Peixoto afirma que “a biometria de voz pode ser uma ferramenta eficaz para rastrear deepfakes de áudio, identificando discrepâncias nas características vocais que não correspondem ao locutor original”. Isso é fundamental para a detecção de fraudes que utilizam áudios falsos para acessar informações sensíveis. A biometria de voz não é apenas uma ferramenta poderosa para prevenir fraudes, mas também pode melhorar a experiência do usuário, tornando a autenticação mais rápida e conveniente.
À medida que a tecnologia avança, a biometria de voz se torna cada vez mais atraente. Peixoto conclui que “se por um lado as fraudes estão cada vez mais sofisticadas, por outro, os especialistas que desenvolvem biometria de voz seguem implementando melhorias que conseguem posicionar a tecnologia à frente dos golpistas”. A biometria de voz é uma tecnologia em constante evolução, e os especialistas estão trabalhando duro para garantir que ela possa se manter à frente dos fraudadores. Isso inclui o desenvolvimento de novos algoritmos para identificar tentativas de spoofing, bem como a melhoria da precisão e da robustez da tecnologia. Com esses avanços, a biometria de voz tem o potencial de se tornar uma parte cada vez mais importante da nossa vida digital, proporcionando uma maneira segura e conveniente de verificar nossa identidade.