A verdade sobre o fim CentOS

CentOS nunca foi projeto para a comunidade, sempre foi uma porta de entrada para os produtos da Red Hat!

Não é novidade que o CentOS como conhecemos não existe mais. Há que permaneça utilizando o sistema até o fim do seu suporte, há também aqueles que já migraram para alguma distribuição alternativa ao CentOS. Mesmo com uma longa história e com ciclo de vida com data para ser encerrado, o sistema permanece em uso por milhares de usuários ao redor do mundo. Mas, nos últimos tempos, a Red Hat tem adotado medidas estranhas que podem acabar com as distribuições Linux baseadas no Red Hat Enterprise Linux.

Quando a Red Hat começou com o CentOS, o mundo Linux bateu palmas e acreditou, sem exitar, que o sistema seria uma contribuição para o mundo do código aberto. Alguns acreditavam que como a empresa pegava muitos fontes de diversos softwares, o CentOS será uma forma de devolver esse uso de códigos no seu sistema pago RHEL.

Mas, a verdade é que o CentOS era uma forma da Red Hat capitalizar clientes. Pois saiba que a ideia da empresa era que todos que utilizassem o CentOS migrassem para o afortunado Red Hat Enterprise Linux contratando diversos serviços. Mas, não foi isso que aconteceu. O CentOS ganhou força, comunidade e defensores. E como a conversão de clientes para o RHEL não atingiu o número que a Red Hat queria, ela resolveu acabar com a distribuição.

No entanto, a decisão sobre o fim do CentOS mexeu com a Comunidade Linux a ponto de criarem outras variações do Red Hat Enterprise Linux. Afinal, já que poucos saíram do CentOS para o RHEL, a empresa sabia que quem já está familiarizado com servidores com pacotes RPM da Red Hat, iriam correr para o RHEL. Afinal de contas isso seria uma boa maneira de forçar um contratação dos serviços da Red Hat.

E sem espanto nenhum, assim foi feito. Mas a Red Hat não esperava que devs ao redor do mundo, inclusive da própria empresa, criariam alguns projetos alternativos e funcionais. E agora, recentemente, a Red Hat resolve mexer na maneira como distribui a sua parte de código aberto. E com isso, afunilar ainda o acesso a pacotes criados pela empresa e dificultar que as distribuições alternativas como o AlmaLinux, Oracle Linux e Rocky Linux, fiquem sob ameaça. Por fim, estamos acompanhando bem de perto tudo isso.

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Fundador do SempreUPdate. Acredita no poder do trabalho colaborativo, no GNU/Linux, Software livre e código aberto. É possível tornar tudo mais simples quando trabalhamos juntos, e tudo mais difícil quando nos separamos.
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