O desenvolvedor do navegador móvel “Kiwi” divulgou a notícia sobre sua decisão de abrir completamente todo o código-fonte e libera projeto a outros desenvolvedores interessados. O navegador Kiwi ganhou muita popularidade porque se tornou um dos únicos navegadores que suporta extensões no Android.
Para aqueles que desconhecem o navegador Kiwi, devem saber que ele é construído com base no Chromium. Contudo, diferentemente de outros navegadores, o Kiwi possui vários recursos que o tornam único, como: um bloqueador de anúncios, proteção “Criptojacking, bloqueio de rastreadores invasivos, desativação de AMP, reprodução de vídeos e música mesmo quando a tela está desligada.
Sobre o navegador Kiwi que libera código-fonte
O Kiwi oferece uma variedade de funções bastante úteis, além de uma interface familiar e intuitiva. Mas também adiciona algumas coisas que o Google não conseguiu incorporar (ou simplesmente não queria).
Por exemplo, o Kiwi Browser foi o primeiro navegador baseado no Chromium no Android a oferecer suporte a extensões do Chrome; também foi um dos primeiros a oferecer um modo noturno dedicado, mas também omite vários “recursos” menos populares do Google.
O Kiwi pode funcionar em dispositivos com Android 4.1 (em comparação com o Firefox Preview que requer o Android 5).
Outros recursos desse navegador móvel
- A capacidade de instalar plug-ins da Chrome Webstore e usá-los em um dispositivo móvel.
- Modo noturno personalizável otimizado para monitores AMOLED.
- Modo para colocar a barra de endereço na parte inferior da tela.
- Otimização adicional da velocidade de renderização, como rasterização parcial da página.
- A capacidade de usar o Facebook Web Messenger através do m.facebook.com sem precisar instalar o aplicativo móvel do Facebook.
- O modo de confidencialidade que não salva cookies, não é refletido no histórico de navegação, não é instalado no cache do navegador e bloqueia a criação de capturas de tela.
- Página inicial personalizável, onde você pode colocar atalhos para sites arbitrários.
- Capacidade de desativar o suporte à tecnologia AMP (Accelerated Mobile Pages).
- Configurações para bloquear notificações e um código para rastrear visitantes.
Código liberado
Quanto à decisão específica de que o código foi aberto, é para apoiar outros desenvolvimentos e também para garantir o lançamento dos complementos de dispositivos móveis criados para a versão para desktop do Chrome.
O código fonte completo do navegador agora está disponível no Github e usa a mesma licença BDS de três cláusulas que o Chromium. Em outras palavras, ele pode ser bifurcado imediatamente, mas o desenvolvedor também incentiva outras pessoas a ajudar no desenvolvimento.
O elemento mais interessante aqui é o código personalizado que faz as extensões funcionarem no Android.
Note-se que os fabricantes de outros navegadores móveis podem usar o código já implementado no Kiwi para obter funcionalidades avançadas. Para o Kiwi, a abertura do código é interessante em termos de atração de desenvolvedores externos para trabalhar no projeto e construir uma comunidade.
O repositório no GitHub agora é considerado uma referência e é usado diretamente para desenvolver e construir outras compilações.
O desenvolvedor do navegador Kiwi afirma que:
Nas últimas semanas, trabalhei com outros navegadores para ajudá-los a integrar a funcionalidade Kiwi.
Manter um projeto tão ambicioso provou ser um desafio para o desenvolvedor solitário. A versão mais recente do Kiwi Browser na Google Play Store é baseada na versão 77.0.3865.92 do Chromium, muito atrás da próxima versão do Chromium 83 que o Google está planejando. Em vez de deixar o projeto desperdiçar, a arnaud42 decidiu lançar o código-fonte do Kiwi Browser no GitHub.
Por fim, deve-se notar que o Kiwi não é o primeiro navegador a oferecer suporte para extensões Chromium no Android, pois a Yandex as oferece há muito tempo e a Samsung Internet oferece uma pequena seleção de telefones Galaxy.
Para os interessados em mexer no código fonte deste navegador da web móvel, acesse o seguinte link.
XDA Developers