Depois de anos de especulação, a Apple finalmente parece pronta para entrar no competitivo mercado de smartphones dobráveis. Diversos rumores e vazamentos vêm sugerindo que o primeiro iPhone com tela flexível já está em desenvolvimento avançado, com lançamento previsto para o próximo ano. E uma das características mais comentadas desse novo dispositivo é a adoção de uma câmera frontal sob a tela interna, solução tecnológica que ainda gera debate entre usuários e especialistas.
Câmera oculta: inovação visual com limitações técnicas
De acordo com informações divulgadas pelo conhecido leaker Digital Chat Station na rede social Weibo, a Apple estaria trabalhando em um sistema de câmera embutido sob a tela dobrável do dispositivo. Essa tecnologia já foi adotada pela Samsung desde o lançamento do Galaxy Z Fold 3 em 2021 e foi mantida nos modelos seguintes da linha Fold.
O objetivo dessa inovação é oferecer uma experiência de visualização mais fluida e imersiva, eliminando o tradicional entalhe ou furo na tela para a câmera frontal. Visualmente, o resultado é impressionante: o sensor praticamente desaparece, permitindo que o conteúdo ocupe toda a superfície da tela sem interrupções. No entanto, essa estética futurista traz consigo um desafio significativo — a queda na qualidade da imagem capturada.
Como a câmera está posicionada sob uma camada da tela, a quantidade de luz que chega ao sensor é reduzida, o que prejudica a nitidez, o contraste e o desempenho geral em ambientes com pouca iluminação. Nos modelos da Samsung, como o Z Fold 6, essa câmera é adequada apenas para tarefas básicas como videochamadas, enquanto os usuários preferem a câmera externa para selfies e registros mais detalhados.
Design mais largo e novo padrão de proporção
Além da câmera, outros detalhes sobre o suposto iPhone dobrável também foram revelados. O dispositivo contará com duas telas: uma interna de 7,76 polegadas e outra externa de 5,49 polegadas. A tela principal terá resolução de 2.713 x 1.920 pixels, enquanto o painel externo terá 2.088 x 1.422 pixels.
Um aspecto interessante é que a Apple aparentemente seguirá uma filosofia de design mais próxima do Pixel Fold da Google ou do OPPO Find N2, adotando um formato mais compacto e largo, ao contrário do estilo mais alto e estreito dos modelos dobráveis da Samsung. Essa escolha pode proporcionar uma experiência mais confortável ao usar o dispositivo fechado, especialmente para tarefas como digitação e navegação.
Apple caminha com cautela, mas não ignora tendências
A Apple é conhecida por não ser a primeira a adotar novas tendências tecnológicas — preferindo aperfeiçoar soluções já existentes no mercado antes de integrá-las aos seus produtos. A escolha por uma câmera sob a tela mostra que a empresa está atenta à evolução do design mobile, mas também deve se preocupar em entregar uma experiência de alta qualidade, algo que seus consumidores já esperam de qualquer lançamento da marca.
Ainda que os rumores não confirmem a data exata de lançamento, é esperado que o iPhone dobrável seja revelado entre o final de 2025 e o início de 2026. Se os testes de qualidade e desempenho forem bem-sucedidos, a Apple poderá redefinir mais uma vez os padrões do mercado mobile — inclusive trazendo soluções mais eficazes para as limitações atuais das câmeras sob a tela.
Expectativas e desafios do mercado dobrável
Enquanto Samsung, Huawei e outras fabricantes já possuem várias gerações de smartphones dobráveis em circulação, a Apple terá que apresentar um diferencial competitivo para conquistar espaço. Isso pode incluir avanços em durabilidade de tela, eficiência do sistema operacional adaptado ao formato dobrável e, claro, um novo patamar de qualidade para as câmeras ocultas.
A integração com o ecossistema Apple — incluindo iOS otimizado, continuidade com o macOS e integração com o Apple Watch e iPad — também poderá ser um trunfo relevante. Se conseguir entregar um dispositivo dobrável que una design elegante, inovação e performance, a Apple pode mais uma vez revolucionar a forma como usamos nossos smartphones.