GM defende o fim do CarPlay em favor de uma experiência única

GM reafirma sua decisão de abandonar o CarPlay em todos os EVs, buscando uma experiência integrada para os usuários, apesar das críticas.

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Imagem: BR Atsit

Após quase dois anos desde que a General Motors (GM) anunciou sua decisão de abandonar o CarPlay em todos os veículos elétricos (EVs), a transição teve um início tumultuado, especialmente com os modelos do ano de 2024. O Chevrolet Blazer EV, por exemplo, enfrentou uma série de problemas relacionados ao novo sistema de infotainment “Ultifi” da empresa.

GM e CarPlay

Em uma recente entrevista, Baris Cetinok, vice-presidente sênior de software e serviços da GM, reafirmou a posição da empresa de se distanciar do CarPlay. Cetinok, que se juntou à GM no final de 2023, tem um histórico significativo, incluindo nove anos na Apple, onde liderou a gestão de produtos para serviços como Apple Pay e iCloud.

Embora não tenha participado da decisão inicial, Cetinok defende a estratégia da GM, afirmando que a empresa busca oferecer uma experiência profundamente integrada para seus clientes. Ele destacou que a GM não é apenas uma fabricante de monitores, mas sim uma empresa que cria experiências completas e bem projetadas para os usuários:

“Estamos construindo experiências que vão além do básico, projetadas especificamente para o que os clientes realmente desejam de seus veículos.”

Cetinok reconheceu que sua adesão a essa filosofia não foi imediata. Ele admitiu que a decisão de abandonar o CarPlay pode parecer impopular, mas acredita que é a escolha correta, pois busca um produto integrado que ofereça mais do que apenas funcionalidades básicas.

Ao ser questionado sobre os planos da Apple para as próximas gerações do CarPlay, Cetinok mencionou sua experiência com veículos concorrentes e a análise de diversas tecnologias disponíveis no mercado. Ele reiterou que a GM já definiu a experiência que deseja criar, focando em um sistema verticalmente integrado que a própria GM projeta, constrói, mantém e atualiza:

“Nós já fizemos nossa escolha sobre a experiência que queremos proporcionar, que é inteiramente desenhada pela GM.”

Apesar das críticas iniciais e de um começo difícil, Cetinok mantém a visão de que essa decisão trará benefícios a longo prazo, afirmando que a GM está convencida de que a integração total dos sistemas resultará em uma experiência superior para os consumidores. Ele enfatiza que, ao criar um produto do início ao fim, a GM busca eliminar as falhas na experiência do usuário, algo que não deveria ocorrer ao se comprar um carro que varia entre R$ 150.000 e R$ 500.000.

“Nosso trabalho é garantir que a experiência do cliente seja bonita e fluida. Estamos determinados a criar essa ‘mágica’ de forma eficaz, controlando todos os aspectos da experiência dentro do veículo.”

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