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Em 2024, o mercado de criptomoedas na América Latina deve movimentar mais de USD 7,8 trilhões

moeda bitcoin

A América Latina é uma das regiões com maior crescimento no uso de criptomoedas. Segundo um relatório da CoinWire, a região movimentará mais de 7,8 trilhões de dólares em 2024, uma alta muito grande em comparação aos 2,3 trilhões registrados em 2022 e aos 3 trilhões de 2023. Este crescimento acelerado reflete a importância das criptomoedas para economias locais, especialmente em países que enfrentam desafios inflacionários, como Venezuela e Argentina.

Em 2024, o cenário cripto latino-americano estará mais aquecido do que nunca. Além de ser uma solução viável para muitos cidadãos lidarem com a instabilidade econômica, o aumento na adoção dessas moedas digitais tem sido impulsionado por um ambiente regulatório mais favorável em alguns países, como é o caso do Brasil.

O Brasil é líder no comércio de criptomoedas na América Latina, com uma projeção de movimentar mais de 354 bilhões de dólares em 2024, de acordo com o relatório da CoinWire. Esse número reflete o aumento do interesse de investidores, empresários e até mesmo do governo brasileiro nas criptomoedas. Com uma regulação mais clara e um mercado robusto, o Brasil tem atraído cada vez mais usuários e investidores para o setor de criptoativos.

Entre as diferentes categorias de criptomoedas que despertam a atenção dos investidores, as memecoins têm conquistado seu espaço. Essas moedas, muitas vezes criadas com inspiração em memes ou tendências culturais, têm demonstrado muito potencial de crescimento, especialmente em mercados emergentes como o brasileiro. Para aqueles interessados em explorar oportunidades nesse segmento, confira estas memecoins que estão se destacando no mercado.

Em 2023, o país já registrava mais de 12 milhões de brasileiros investindo em criptomoedas, tornando-se um dos principais mercados do mundo. Esse crescimento é estimulado por fatores como a inflação e a busca por alternativas de investimento que ofereçam proteção contra a desvalorização do real. Além disso, o governo brasileiro tem sinalizado uma maior abertura para a regulamentação das criptomoedas, o que pode criar um ambiente ainda mais favorável para o setor.

A recente aprovação da lei que regula as operações de ativos digitais no país é um passo importante nessa direção. Isso pode impulsionar ainda mais o volume de transações em 2024, reforçando a posição do Brasil como um dos líderes globais nesse mercado. Em países como Venezuela e Argentina, a adoção de criptomoedas tem sido uma resposta direta à inflação descontrolada e à perda do poder de compra das moedas locais.

Na Venezuela, o uso de Bitcoin e outras criptomoedas disparou nos últimos anos, à medida que os cidadãos buscam formas de proteger suas economias da hiperinflação. De forma semelhante, os argentinos têm recorrido às criptomoedas como uma forma de evitar os altos índices de inflação, que continuam a corroer o valor do peso argentino. Isso tem impulsionado o mercado de criptomoedas em toda a região, com volumes de negociação aumentando bastante em países que enfrentam crises econômicas.

A necessidade de encontrar alternativas estáveis para guardar e movimentar dinheiro em economias tão voláteis tem sido um dos fatores mais importantes para o crescimento desse mercado. A moeda nacional, o bolívar, sofreu uma desvalorização de mais de 100.000% entre 2014 e 2022. Como resultado, os venezuelanos estão recorrendo a criptomoedas como forma de proteger suas finanças contra a desvalorização.

Estima-se que 92,5% da atividade cripto na Venezuela ocorra em exchanges centralizadas, com um foco em stablecoins como o USDT, que oferecem uma maneira de manter o poder de compra em dólares?. E na Argentina, a situação é semelhante. Com uma inflação acumulada de 83% nos últimos 12 meses, a população argentina tem utilizado criptomoedas para se proteger da desvalorização contínua do peso. As stablecoins são amplamente usadas, representando mais de 60% das transações cripto no país.

O Brasil é atualmente o líder no comércio de criptomoedas na América Latina, com uma previsão de movimentar mais de US$ 354 bilhões em 2024, segundo um relatório da CoinWire. Além disso, cerca de 33% da renda mensal dos brasileiros é destinada ao investimento em criptomoedas, o que demonstra a confiança no potencial de valorização desses ativos. O volume de negociações no Brasil mais que triplicou nos últimos três anos, colocando o país como o maior mercado de cripto na América do Sul?.