O Carrefour usará blockchain para permitir que seus consumidores de leite saibam a procedência do produto!

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O Carrefour, a gigante francesa, já deu início a uma nova fase. Por ora, os testes são realizados no leite de vaca. A ideia é que os compradores possam saber onde a vaca foi ordenhada e como ela foi alimentada.

O experimento já entrou em vigor em neste mês. Portanto, os clientes poderão comprar leite fresco com micro-filtro de leite Carrefour Quality Line (CQL) em garrafas especiais exibindo códigos QR. Após digitalizar o rótulo, os clientes vão poder ter mais informações sobre onde (e como) ele é produzido.

Um aplicativo de smartphone exibirá quando e onde o leite foi coletado e empacotado. Do mesmo modo, dará as coordenadas de GPS da fazenda de leite de onde veio e até mesmo como as vacas foram alimentadas (dependendo da estação).

A notícia vem uma semana depois que o presidente francês Emmanuel Macron citou “blockchain” em seu discurso em uma recente conferência agrícola em Paris. Ele propôs a tecnologia de contabilidade distribuída. Este seria um meio de impor padrões agrícolas entre parceiros comerciais internacionais, particularmente a África.

Rastreamento de alimentos com blockchain e a tecnologia da IBM

Em outubro do ano passado, a IBM lançou sua ferramenta de modelo de contabilidade de rastreamento de alimentos, chamada IBM Food Trust. É uma evolução de outra de suas ofertas de Blockchain como um serviço (BaaS), a IBM Blockchain Platform. Ela foi construída usando o Hyperledger Fabric da Linux Foundation (baseado na Ethereum).

Para usar o IBM Food Trust, as empresas pagam de US $ 110 a US $ 11.000 por mês. Quando foi lançado, a IBM alegou que a plataforma poderia atender até mesmo empresas muito grandes, com mais de US $ 1 bilhão em receita anual.

O Carrefour foi apontado como um dos primeiros participantes. A rede de supermercados estava se preparando para “converter” mais de 12.000 de suas lojas para o seu novo “ecossistema”.

A ideia é que um banco de dados imutável e compartilhado dê informações da cadeia de suprimentos. O objetivo é reforçar a qualidade do produto, permitindo que os clientes realmente confiem onde, como e sob quais condições os alimentos frescos são produzidos.

Concorrência também embarcou

A cadeia de supermercados Rival, Auchan, também tem entrado na diversão do DLT. Em novembro, revelou que havia iniciado uma parceria com a FoodChain. Trata-se de um blockchain público voltado especificamente para o setor de produção.

A Auchan disse que começará com o rastreamento de cenouras orgânicas. No entanto, passará a funcionar com produtos de batata e frango no início de 2019. Se esses sistemas de BaaS concorrentes poderão lidar com as grandes quantidades de atividades de varejo desfrutadas por empresas como Carrefour e Auchan, ainda não está claro. Porém, pelo menos este caso de uso de tecnologia distribuída está sendo testado em larga escala.

Por ora, a tecnologia não deve chegar ao Brasil. Então, como dito antes, a empresa está em fase de testes na França. Deste modo, assim que uma base for estabelecida e as tecnologias forem aprimoradas, teremos o mesmo cenário no Brasil. Portanto, o uso dela não deve se limitar ao leite, mas de outros produtos agrícolas.

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