Brasileiros exploram falha e acessam IA premium do Google sem pagar

Estudantes legítimos ganham acesso gratuito ao Gemini 2.5 Pro, mas usuários burlam sistema com e-mails falsos!

Por
Emanuel Negromonte
Emanuel Negromonte é Jornalista, Mestre em Tecnologia da Informação e atualmente cursa a segunda graduação em Engenharia de Software. Com 14 anos de experiência escrevendo sobre...
Alguns usuários brasileiros usam e-mails falsos para obter plano AI Pro do Google sem pagar

Uma nova iniciativa do Google voltada para estudantes universitários está sendo explorada de forma indevida por alguns brasileiros. Lançada para divulgar o plano Google AI Pro, a promoção garante acesso gratuito por tempo limitado à inteligência artificial Gemini 2.5 Pro, entre outros recursos avançados. No entanto, poucos dias após o anúncio, surgiram na internet tutoriais ensinando como burlar as regras usando e-mails falsos com final “.edu”.

O que inclui o plano Google AI Pro?

O Google AI Pro é uma assinatura premium da plataforma Gemini que oferece:

  • 2 TB de armazenamento no Google Drive
  • Acesso ao modelo de geração de imagens Veo 3
  • Ferramentas futuras integradas ao Chrome com IA nativa
  • Recursos voltados para escrita, produtividade e estudos

O plano custa atualmente R$ 96,99 por mês no Brasil, o que representa uma economia de mais de R$ 1.400 em 15 meses para quem aproveita o período gratuito oferecido pelo Google aos estudantes.

Como a promoção funciona oficialmente

O benefício foi anunciado durante o Google I/O 2025, com o objetivo de divulgar o potencial do Gemini 2.5 Pro entre estudantes do ensino superior. A página oficial do programa incentiva o uso para preparação para provas, produção de textos e organização escolar, e exige que o usuário tenha um e-mail institucional verificado (com terminação .edu) ou outro vínculo com uma universidade.

O problema: uso indevido da promoção

Apesar da proposta educacional, usuários no Brasil têm compartilhado nas redes sociais e fóruns tutoriais que ensinam como usar domínios .edu temporários ou gerados artificialmente para obter acesso gratuito ao plano premium. Publicações no Facebook e em plataformas de vídeo descrevem passo a passo como preencher o formulário do Google sem comprovação legítima de vínculo acadêmico.

A prática, embora tecnicamente possível, fere os termos de uso do programa e pode resultar em banimento ou revogação de acesso assim que identificada.

O que o Google diz?

Até o momento, o Google não emitiu nota oficial sobre o uso irregular do benefício no Brasil. A reportagem do Tecnoblog informou que está em contato com a empresa para obter um posicionamento.

Vale lembrar que, em casos anteriores, o Google já aplicou medidas retroativas para bloquear acessos indevidos, especialmente quando há violação clara dos termos de elegibilidade.

Conclusão: risco não compensa

Embora a economia possa parecer tentadora, usar dados falsos para obter vantagens em promoções é uma violação contratual e pode levar à suspensão da conta, perda de acesso ao Google Drive e até à desativação de serviços.

Estudantes com vínculo real com instituições de ensino devem aproveitar o benefício conforme proposto. Já quem tenta burlar o sistema corre riscos significativos — inclusive de perder dados pessoais e profissionais armazenados em contas Google vinculadas ao acesso indevido.

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Emanuel Negromonte é Jornalista, Mestre em Tecnologia da Informação e atualmente cursa a segunda graduação em Engenharia de Software. Com 14 anos de experiência escrevendo sobre GNU/Linux, Software Livre e Código Aberto, dedica-se a descomplicar o universo tecnológico para entusiastas e profissionais. Seu foco é em notícias, tutoriais e análises aprofundadas, promovendo o conhecimento e a liberdade digital no Brasil.
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