Brincar e socializar: games auxiliam em necessidades humanas básicas

Neste artigo, Raphael Negrão, Marketing Manager da Codashop no Brasil, conta como os jogos podem auxiliar no suprimento de algumas necessidades humanas básicas!

Os jogos eletrônicos são a principal forma de entretenimento para 76,5% dos gamers do país. É o que mostra a edição deste ano da Pesquisa Game Brasil (PGB), reforçando a análise de 2021 da NewZoo, fonte de insights do mercado de games, que indicou que jogos digitais levam a maior parte do tempo de lazer às gerações Z e Millennials, que gastam mais horas jogando que qualquer outra forma de entretenimento. No entanto, ao contrário do que muitas pessoas ainda pensam, os games podem contribuir ativa e positivamente na vida, principalmente, de crianças e jovens, sanando necessidades básicas do desenvolvimento humano se considerarmos os pilares do brincar e da interação.

Pandemia e o crescimento no mercado de games

Durante o período mais crítico de pandemia da Covid-19, onde o isolamento domiciliar foi necessário no Brasil, observamos o crescimento exponencial do mercado de games. A NewZoo mostrou o quanto a pandemia fez com que os números do setor evoluíssem, indicando que, até o final de 2022, deverá existir 3,09 bilhões de jogadores ao redor do mundo.

Nesse sentido, os jogos, que foram verdadeiramente companheiros, trouxeram duas possibilidades: socializar quando não se podia fazer isso pessoalmente, e ainda o entretenimento de qualidade. Dessa forma, podemos observar como os jogos eletrônicos ajudaram nas necessidades humanas, sendo, para muitos, importante agente no que diz respeito à manutenção dos relacionamentos.

Ainda sobre interação e o socializar, é válido destacar outro importante dado da da PGB, que menciona que 72,2% dos gamers brasileiros afirmam terem jogado mais durante o período de pandemia de Covid-19, e 57,9% marcaram mais sessões de partidas online com amigos quando ficavam em casa, reforçando como os games fizeram a diferença nas interações sociais em um dos momentos da história em que mais precisamos.

Já especificamente sobre o brincar, ele é, inclusive, um direito garantido por lei e ainda preconizado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Desde 1959, a Declaração Universal dos Direitos da Criança, reforçada pela Convenção dos Direitos da Criança de 1989, prevê que toda criança tem o direito de brincar e se divertir. A norma também enfatiza a responsabilidade da sociedade e autoridades públicas com o cumprimento deste direito.

Sobre o autor: Raphael Negrão é Marketing Manager da Codashop no Brasil, parte do grupo interno de cultura global da companhia e palhaço voluntário em hospitais com a ONG Operação Arco-Íris.

Isso porque o brincar traz benefícios ao desenvolvimento humano desde que somos crianças, principalmente quando temos idades entre 3 e 7 anos, até quando somos adultos, auxiliando na resolução de problemas nessa fase da vida e na criatividade. Sobre isso, Stuart Brown, médico especialista em psiquiatria e pesquisa clínica, afirma em seu livro “Play: How It Shapes the Brain, Opens the Imagination, and Invigorates the Soul” (“Brincar: Como Molda o Cérebro, Abre a Imaginação, e Revigora a Alma”, em tradução livre para o português) de 2010, que reuniu e analisou “milhares de estudos de caso que chamo de histórias de jogo. Descobri que lembrar o que é brincar e torná-lo parte de nossas vidas diárias são provavelmente os fatores mais importantes para ser um ser humano realizado. A capacidade de brincar é fundamental não apenas para ser feliz, mas também para sustentar as relações sociais e ser uma pessoa criativa e inovadora”.

Games podem ajudar no refinamento de habilidades

Além de ajudar na inteligência e no refinamento de habilidades, como motora e cognitiva, brincar também traz noções de solidariedade, empatia e socialização. Já adultos, quantas brincadeiras podemos nos lembrar que nos ensinaram tanto, inclusive no que diz respeito ao outro? Nas brincadeiras atuais e online, os pilares não são muito diferentes, contribuindo, assim, como o conhecimento de pares e de outros aspectos que com certeza fazem diferença ao longo de uma vida.

Sobre o futuro? As brincadeiras digitais deverão tomar ainda mais espaço, seja em casa, na escola ou na roda de amigos, alavancando também este incrível e gigante mercado dos games. De mais pontual, o que minha experiência como Marketing Manager na Codashop indica para a evolução da brincadeira é que ela ficará cada vez mais personalizada, seja com skins, mapas, modos de jogo, etc. O objetivo será moldar cada vez mais o produto para o usuário.

Para o ser humano, é importante brincar e criar inteirações, e os games vieram para unir as duas coisas de forma tecnológica e simples.

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