China bloqueia plataforma de linguagem de programação Scratch

Por Claylson Martins 2 minutos de leitura

A plataforma de ensino de linguagem de programação Scratch, criada pelo MIT,  sofreu processo de banimento na China. Este é mais um dos vários episódios de guerra entre chineses e norte-americanos. A linguagem de programação visual desenvolvida pelo MIT tem como foco o ensino de crianças. Sua interface, baseada em blocos coloridos que se juntam como um quebra-cabeça, esconde uma ferramenta muito mais poderosa do que parece. Assim, a China bloqueia o acesso ao Scratch por suposta propaganda contrária àquele país.

E talvez seja por isso um dos recursos favoritos de educadores de todo o mundo para ensinar crianças a programar.

China bloqueia o acesso à plataforma de ensino de programação infantil do MIT Scratch por causa de conteúdo anti-chinês

 

 

Recentemente, as autoridades do gigante asiático teriam bloqueado o acesso ao site Scratch. Isso ocorreu em 14 de agosto, segundo um usuário da plataforma, ou em 20 de agosto, de acordo com a Greatfire.org, ONG que monitora a censura à Internet na China. Por enquanto, nada impede o uso da versão desktop.

Os dados do MIT indicaram que até 3 milhões de menores chineses usaram o Scratch para aprender programação. Ele é usado em livros didáticos oficiais do ensino fundamental e em várias competições de programação, de acordo com Anqi Zhou, diretor executivo da Dream Codes True.

Parece que o motivo da polêmica decisão das autoridades reside nos relatos de que Projects on Scratch (repositório de projetos desenvolvidos pelos usuários da plataforma) conteria “inúmeros conteúdos humilhantes e difamatórios sobre a China“.

Além disso, o programa considera os territórios de “Hong Kong”, “Macau” e “Taiwan” como ‘países’ independentes. Isto seria uma fronta às autoridades chinesas.

A imprensa chinesa já tem ecoado as críticas das autoridades e do setor educacional chinês ao Scratch pela divulgação desse tipo de conteúdo, mas não está claro se o bloqueio permanecerá ou é um mero alerta para o MIT mudar políticas a esse respeito.

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