As autoridades belgas e holandesas concluíram uma operação internacional que desmantelou uma sofisticada gangue de phishing telefônico. O esquema, que operava principalmente na Holanda, visava roubar dados financeiros e recursos de vítimas localizadas em pelo menos 10 países.
Operação internacional desmantela gangue de phishing e prende oito suspeitos na Europa
A ação policial incluiu 17 mandados de busca em várias localidades na Bélgica e na Holanda, resultando na prisão de oito suspeitos. Durante as buscas, foram apreendidas grandes quantias de dinheiro, dispositivos eletrônicos, armas de fogo, além de relógios, joias e itens de luxo como roupas e sapatos de marcas renomadas, incluindo Dior, Louis Vuitton e Rolex.
Modus operandi sofisticado
A gangue utilizava diversas estratégias para enganar as vítimas. Entre as táticas, estavam o envio de mensagens fraudulentas por e-mail, SMS e WhatsApp com links que capturavam credenciais bancárias. Outra abordagem envolvia ligações telefônicas em que os criminosos se passavam por funcionários de bancos ou policiais, alegando detectar atividades suspeitas nas contas das vítimas.
Para aumentar a credibilidade, o grupo chegou a usar call centers estabelecidos em apartamentos de luxo e casas alugadas no Airbnb. Em casos extremos, os golpistas até visitavam as vítimas mais idosas em suas residências, apresentando-se como autoridades.
Golpes milionários e ostentação
O dinheiro obtido por meio dessas fraudes financiava um estilo de vida luxuoso. Segundo a Europol, os lucros eram usados para pagar férias de alto padrão na Espanha e adquirir itens de grife. Enquanto as vítimas enfrentavam dificuldades financeiras, os membros da gangue gastavam grandes somas em festas e clubes exclusivos, vestidos com roupas e acessórios de luxo.
Investigação internacional desde 2022
A investigação teve início em 2022, quando as autoridades belgas começaram a monitorar as atividades do grupo. Posteriormente, a polícia holandesa também se envolveu no caso em 2023, após identificar que a liderança da organização estava baseada em Roterdã.
Dos suspeitos detidos, quatro foram presos na Holanda, em cidades como Zaltbommel, Almere, Amersfoort e Roterdã. Entre eles, três homens e uma mulher, com idades entre 23 e 66 anos. Outro suspeito foi capturado na Bélgica graças a um mandado de prisão internacional.
As autoridades destacaram a importância da cooperação entre os países para desmantelar redes de cibercrime tão bem estruturadas. A operação representa um marco na luta contra fraudes digitais e o uso de phishing como ferramenta criminosa em larga escala.