Como a NASA está rastreando o furacão Dorian

Crédito: NASA.

Antes de mais nada, já bateu aquela curiosidade sobre como os satélites da NASA rastreiam um furacão como o Dorian? Neste artigo, veja como alguns deles são usados.

O furacão Dorian

Não importa como você olha para ele, o furacão Dorian é uma vista assustadora.

Mas quanto mais olhos na tempestade, maior é a chance que os metereologistas e os serviços de emergência têm de manter as pessoas seguras. E por isso a NASA e a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, sigla em inglês) têm uma variedade de satélites estudando o furacão.

Todos os dados que esses satélites reúnem entram em pareceres publicados pelo Centro de Furacão Nacional (NHC, sigla em inglês) do NOAA.

Furacão Dorian conforme visto por 3 satélites. Na esquerda, o pequeno satélite TEMPEST-D mede a precipitação dentro da tempestade em 28 de agosto de 2019. No meio, em 29 de Agosto de 2019, o satélite Aqua da NASA examinou a tempestade em infra-vermelho para mostrar altas tempestades em roxo e nuvens menos profundas em azul e verde. Na direita, em 27 de agosto de 2019, o satélite CloudSat da NASA “corta” entre as nuvens com o radar para medir sua altura e camadas. Imagem: © NASA/JPL-Caltech.

NASA prepara suas instalações para a passagem do furacão

A NASA tem um interesse particularmente forte pelo Dorian, já que a tempestade está atualmente prevista para surrar o principal porto espacial da agência, o Kennedy Space Center. Assim, os funcionários da unidade têm se preparado para a tempestade desde quarta-feira passada (28 de agosto).

No topo da lista de preocupações estava o lançador móvel, uma estrutura com 122 metros de altura que vai suportar o novo foguete da NASA, chamado SLS, projetado para missões no espaço profundo. Definitivamente, uma estrutura tão alta é um perigo óbvio sob os ventos com a força de um furacão. Assim, os funcionários providenciaram que ele fosse movido para ser armazenado no Vehicle Assembly Building no espaço Kennedy 52 para esperar a tempestade passar.

Uma visão do satélite GOES-16 do Furacão Dorian em 29 de agosto de 2019. Imagem: © NASA Earth Observatory/Joshua Stevens/NOAA/NESDIS.

Além disso, a Estação Espacial Internacional passou por cima da tempestade e acrescentou às observações que os metereologistas estão recebendo de satélites. Do mesmo modo, esses satélites estão particularmente ajustados para calcular a precipitação e estudar a estrutura das nuvens da tempestade que compõem o furacão.

Satélites com instrumentos incríveis

Orbitando aproximadamente na mesma altitude que a estação espacial encontra-se um pequeno satélite climático chamado TEMPEST-D (Temporal Experiment for Storms and Tropical Systems Demonstration). Mais ou menos do tamanho de uma caixa de cereais, o TEMPEST-D consegue apurar as áreas com os maiores níveis de humidade na tempestade e é parte de um programa de testes que visa miniaturizar satélites climáticos para cobrir o globo com tecnologia de rastreio de tempestades em tempo real.

O satélite Aqua da NASA carrega um instrumento sondador de infra-vermelho atmosférico que consegue identificar as nuvens muito altas de tempestade associadas com as mais fortes precipitações, o que aparece mais frio em seus sensores.

Outro instrumento, a bordo do satélite CloudSat da NASA, produz um imagemamento em corte transversal das nuvens. Os cientistas podem aprender sobre a altura e as camadas de nuvens e o tamanho das gotas de chuva dentro delas. Dessa forma, isso ajuda a identificar onde na tempestade são carregadas as chuvas mais ameaçadoras.

Um modelo da NASA organiza todos esses dados e uma análise preliminar deles sugeriu que certas áreas afetadas pela tempestade poderia receber quase 120 milímetros de chuva dentro de 24 horas, segundo um comunicado.

Afinal, o que você achou de conhecer alguns dos satélites da NASA que estão rastreando o furacão Dorian?

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Fonte: Space.com

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