Como dispositivos IoT poderiam abrir mão de baterias

Como dispositivos IoT poderiam abrir mão de baterias. Foto: Reprodução / IoT Tech Trends

Já imaginou dispositivos de IoT que podem abrir mão de baterias?

Um dos principais obstáculos que a Internet das Coisas (IoT – Internet of Things) tem de superar é energizar os dispositivos que a compõe. Ter sensores monitorando o ambiente é tudo de bom, mas ninguém quer sair por aí mudando suas baterias de vez em quando.

Assim, existem muitas soluções sendo desenvolvidas para reduzir o carregamento da bateria. Mas, e se o futuro dos dispositivos IoT envolver se livrar das baterias completamente?

Como a IoT pode abandonar a bateria

Certamente, se livrar da bateria abre uma porta para mais problemas. Se algo não tem uma bateria ou uma conexão principal, como os dispositivos mantêm-se vivos? A resposta é simples: o dispositivo coleta energia de seus arredores.

Isso abre a porta para tecnologias como a energia solar. Porém, e se pudermos ir mais além? Afinal de contas, parte do desenvolvimento da IoT está usando tecnologias de baixa potência para ser mais eficiente energeticamente. Dessa forma, prender um painel solar a um sensor IoT pode ser como alimentar um gato com um peru de Ação de Graças inteiro.

Assim, nós poderemos em breve ver dispositivos IoT que são alimentados por ondas acústicas. Isso soa como ficção científica ou uma utopia na melhor das hipóteses, mas já está sendo demonstrado.

Pesquisadores do MIT inventaram um sensor que usa o efeito piezoelétrico para alimentar a si mesmo. Logo, isso significa que quando materiais com certas propriedades vibram, eles criam uma carga elétrica. A carga é pequena, mas nós não precisamos de uma grande quantidade para um sensor de baixa potência.

Os pesquisadores do MIT colocaram um desses sensores na água e depois enviaram ondas acústicas até ele. As ondas atingiam o sensor, fazendo seu material piezoelétrico vibrar e alimentar o sensor.

O sensor então tinha uma escolha: se ele quisesse enviar de volta um “1” em binário, ele refletiria a onda de volta. Se ele quisesse responder com um “0”, ele “comeria” a onda em vez disso. O transmissor ouviria se o sensor refletisse a onda de volta. Se ele recebesse a onda, ele anotaria “1”. Se não, ele assumiria que o sensor comeu a onda e anotaria “0”.

Como isso poderia ser usado?

O uso óbvio para essa tecnologia é permitir que engenheiros “instalem e esqueçam” sensores, mas as implicações vão muito além. O exemplo acima sugere um futuro onde poderemos alimentar sensores localizados em áreas difíceis de alcançar, como sob a água ou até mesmo no espaço.

Como dispositivos IoT poderiam abrir mão de baterias? Imagem: Reprodução / IoT Tech Trends.

Dessa forma, isso nos fornece uma maneira de alimentar dispositivos que não podem ser ligados à principal fonte de energia ou até mesmo alcançados por um humano com o objetivo de substituir sua bateria. Esses novos desenvolvimentos podem permitir que nós alimentemos dispositivos infinitamente à medida que eles exploram e medem as fronteiras que os humanos normalmente não conseguem alcançar.

Certamente, mesmo se nós ignorarmos seu uso para áreas difíceis de alcançar, ainda é muito conveniente ter um dispositivo que suga energia de seus arredores. Ele não é apenas mais ecológico, mas torna a implementação de dispositivos IoT muito mais fácil.

Perdendo sua carga

As baterias são um grande obstáculo na IoT, mas e se conseguíssemos nos livrar delas? Com a pesquisa mais recente do MIT, nós podemos ver dispositivos que alimentam a si mesmos em seu próprio ambiente.

Afinal, você acha que dispositivos sem bateria serão usados nos produtos do dia a dia?

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Fonte: IoT Tech Trends

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Profissional da área de manutenção e redes, astrônomo amador, eletrotécnico e apaixonado por TI desde o século passado.
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