Distribuições Linux que deixaram saudades

Algumas boas distribuições foram descontinuadas, e deixam saudades. Com o passar dos anos, algumas distribuições tiveram o seu desenvolvimento encerrado, seja para direcionar esforços para outro projeto, ou devido a dificuldades técnicas e financeiras para manter tudo no ar. Hoje, de forma saudosista, vamos mostrar uma lista de algumas distribuições Linux que deixaram saudades!

Nesta semana, fizemos alguns artigos interessantes sobre distribuições Linux minimalistas, leves. E também explicamos o que é o Linux. Vale a pena fazer a leitura posteriormente.

Fuduntu

Uma distribuição que unia Fedora com o espírito facilitador do Ubuntu e contava também com o desenvolvido Júpiter, um gerenciador de energia muito elogiado especialmente para laptops.

Ela era Rolling Release, embora nem sempre com os últimos pacotes, uma vez que seu foco era a estabilidade e por conta disso nem sempre utilizava o último lançamento do Fedora. Assim, ela Manteve o Gnome2 mesmo com a chegada do Gnome3 até onde foi possível.

Uma versão com KDE chegou a ser anunciada, porém nunca foi lançada. Seu principal desenvolvedor Andrew Wyatt, alegando a questão do tempo e necessidades familiares, encerrou o projeto.

A equipe original chegou a anunciar um novo projeto inicialmente chamado de Susuntu, no Google+, mas o projeto não ganhou força.

SolusOS

Uma distro baseada no Debian, ela era leve com um Gnome2 revigorado, estável e com perfumarias sem exageros. Durou pouco mais de um ano e teve seu fim anunciado em 2013. Foi uma boa opção para quem queria uma distro com a base do Debian Stable.

Seu criador Ikey Doherty, lançou a distro SolusOS com o Budgie-desktop. Apesar do nome parecido, a única semelhança é o mesmo desenvolvedor. Já SolusOS é Rolling Release e sua base é independente.

A família Mandriva

Iremos mencionar 3 distros que marcaram época e ainda hoje contam com fãs. Connectiva: Uma distribuição Linux nacional que ganhou fôlego, crescendo e tornou-se internacional ao fundir-se com Mandrake, tornando-se Mandriva.

Obteve sua importância na divulgação do Linux no Brasil, sendo até hoje uma das poucas distros nacionais, com capacidade para dar suporte a grandes empresas. “Terminou” em 2005 quando nasceu a já mencionada Mandriva.

Mandrake: A outra metade do Mandriva foi uma distro inicialmente com base no Red Hat. Trouxe facilitadores como o rpmdrake e configurações simples com a MandrakeSoft. Ela adquiriu a já citada brasileira Connectiva dando origem a saudosa distribuição Mandriva.


Mandriva: Com sede em três continentes e parcerias governamentais, você ainda pode encontrar algum computador rodando Mandriva em alguma repartição pública! Teve uma fase de sucesso, porém com erros de percurso acabou não segurando as pontas.

Quem acompanhou viu o drama e a lamentável ruína de uma distro que fazia frente às gigantes Red Hat e Suse, mas também conquistou usuários domésticos como o Ubuntu, OpenSuse e Fedora. Com certeza deixou muitos fãs.

Kurumim

A distro que foi a porta de entrada para muitos usuários do Linux no Brasil. Se você tem mais de 30 anos, ou teve como primeira distro a Conectiva ou Kurumim. Ela era baseada no Knoppix, com base no Debian. Mais tarde, o Kurumim passou a usar uma base Debian. Acabou por falta de desenvolvedores interessados em tocar o projeto. Seu fim foi em 2008.

Além disso, confira uma entrevista completa com o Carlos Morimoto sobre o Kurumin:

O que realmente indica a morte de distribuições?

Basta observar e ver que as distros estão diminuindo. Antes, é preciso ver que o número de distros mãe não caiu, são elas: Red Hat, Slackware, Debian  Ubuntu, Fedora, OpenSuse, Drakes (Mageia, PCLinuxOS, Rosa e OpenMandriva), Arch Linux, Gentoo e as independentes.

Porém, o número de distribuições e remasterizações vem diminuindo ao longo do tempo, e um dos motivos é a consolidação das distros mais populares, uma vez que existe espaço para uma nova distribuição venha e tenha sucesso.
O triunfo das grandes distros já citadas é evidente, seja pelo suporte financeiro ou pelo engajamento da comunidade

Uma reflexão

Como diria Gaël Duval, criador do Mandrake, sobre idas e vindas no Linux:

Now, we don’t have to be sad: we have pushed Linux to massive adoption and these have been awesome years! Now the Linux kernel is running millions smartphones worldwide, but the story is only starting! Let’s focus on today’s IT concerns: privacy and the Google hegemony. And a lot more fun stuff actually! Want to be part of it?

Em tradução livre: Agora, não precisamos ficar tristes: levamos o Linux para uma adoção em massa e foram anos maravilhosos! Agora o Linux roda em milhões de smartphones e em toda a Web, porém a história está apenas começando! Vamos nos concentrar nas preocupações atuais da área de TI: privacidade e a hegemonia do Google. E há muitas coisas divertidas aparecendo! Quer fazer parte delas?

O mundo Linux é o que é por conta das suas comunidades, e estas distribuições citadas deixaram saudades, mas muitos de seus desenvolvedores continuam dando sua contribuição de alguma forma.

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Fundador do SempreUPdate. Acredita no poder do trabalho colaborativo, no GNU/Linux, Software livre e código aberto. É possível tornar tudo mais simples quando trabalhamos juntos, e tudo mais difícil quando nos separamos.
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