Fundador da Huawei diz que proibição dos EUA não é ameaça à sobrevivência da empresa

Em 15 de setembro, a segunda rodada de sanções dos EUA contra a Huawei entrou em vigor.

Em mais um capítulo da guerra comercial entre China e Estados Unidos, o Fundador da Huawei diz que proibição dos EUA não é ameaça à sobrevivência da empresa. A Huawei ainda não está autorizada a trabalhar com empresas americanas de acordo com a ordem executiva dos EUA assinada pelo presidente Donald Trump em meados de maio. Porém, isso não representa nenhum risco para o futuro da gigante de tecnologia chinesa.

Isso é o que o fundador e CEO da Huawei, Ren Zhengei, disse em uma entrevista recente ao Yahoo Finance, explicando que a empresa pode muito bem sobreviver sem parceiros americanos também.

Se as empresas dos EUA deixassem de nos fornecer, nossa produção não pararia por um único dia no futuro. Pelo contrário, nós aumentaríamos a produção. Não há risco letal que ameace a sobrevivência da Huawei, disse ele.

Ren admitiu que a Huawei não estava totalmente preparada para a proibição nos Estados Unidos. Então a empresa agora está se voltando para algumas medidas de redução de custos. Isso inclui demissões em sua unidade de pesquisa e desenvolvimento com sede nos Estados Unidos e chamado Futurewei.

Huawei caminha à frente de todos os rivais. Fundador da Huawei diz que proibição dos EUA não é ameaça à sobrevivência da empresa

Parte dos engenheiros dos Estados Unidos será transferida para a China, enquanto outros serão demitidos. Ren confirmou que as restrições nos Estados Unidos tornam quase impossível a colaboração com a Futurewei.

Isso torna difícil para nós gerenciarmos essa empresa e colaborar com eles, disse Ren. Agora não podemos fazer mais investimentos porque não podemos nos engajar com os funcionários da Futurewei. Qual é o nosso próximo passo? Isso depende da direção do governo dos EUA.

O fundador da Huawei enfatizou que sua empresa está bem à frente de seus rivais americanos e, ao banir sua empresa, os Estados Unidos podem ficar para trás na corrida de 5G.

Mesmo que eles tenham supercomputadores e conexões de grande capacidade, os EUA ainda podem ficar para trás porque não têm conexões super rápidas, explicou Ren. Fechar a Huawei é o começo dos EUA ficando para trás.

De acordo com um relatório separado, autoridades dos EUA se reunirão com representantes de empresas de tecnologia americanas para discutir as sanções contra a Huawei nas próximas semanas.

Funcionários da Casa Branca e gigantes da tecnologia discutem ban de Huawei em reunião privada

Os funcionários do governo dos EUA, bem como representantes de uma série de gigantes da tecnologia americana, se reunirão para discutir a proibição da Huawei, de acordo com um relatório da Reuters.

Empresas como Intel, Qualcomm, Google e Micron participarão da reunião, juntamente com o consultor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin.

A Broadcom e a Microsoft provavelmente também serão convidadas para a reunião. Porém, nenhuma das empresas mencionadas no relatório tenha dado uma confirmação até o momento.

Oficialmente a agenda da reunião possui uma série de tópicos. Estão incluídos o que a fonte mencionada descreve como “assuntos econômicos”. Assim, as restrições contra a Huawei também serão discutidas. Especialmente porque vários alertaram que a própria indústria americana poderia ser afetada.

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Jornalista com pós graduações em Economia, Jornalismo Digital e Radiodifusão. Nas horas não muito vagas, professor, fotógrafo, apaixonado por rádio e natureza.
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