Anúncios longos

Google ignora reclamações sobre anúncios não puláveis no YouTube

Pesquisa mostra que anúncios não puláveis do YouTube são mais longos do que o permitido oficialmente, frustrando usuários e levantando dúvidas sobre práticas do Google.

Imagem de logomarca do YouTube

Recentemente, usuários do YouTube expressaram insatisfação com anúncios não puláveis que ultrapassam os limites declarados pela plataforma. Embora o Google garanta que os anúncios impossíveis de pular tenham um máximo de 15 segundos em dispositivos móveis e 60 segundos em TVs, muitos espectadores relataram experiências muito diferentes.

Google ignora problemas com anúncios não puláveis no YouTube

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Um exemplo emblemático foi o relato de um usuário que encontrou um comercial de 20 minutos durante a reprodução de vídeos musicais para seu filho dormir. Episódios como esse se tornaram cada vez mais comuns, levando a uma crescente insatisfação dos consumidores.

Com base em uma pesquisa realizada com mais de 8.600 votos, 31% dos participantes afirmaram ter assistido a anúncios não puláveis com duração superior a dois minutos. Outros 16% relataram propagandas entre um e dois minutos, enquanto 12% disseram ter visto comerciais entre 46 e 60 segundos.

O estudo revelou também que 12% enfrentaram anúncios de até 30 segundos, enquanto 5% indicaram uma duração de 31 a 45 segundos. Já 24% dos entrevistados disseram usar o YouTube Premium como forma de escapar dessas propagandas longas.

Um dos participantes destacou a frustração ao assistir a um anúncio de 17 minutos em um vídeo de apenas 5 minutos, enquanto outro comparou o YouTube atual à televisão a cabo, devido à frequência e duração dos anúncios.

Explicação do Google e reações dos usuários

O Google afirma que problemas como esses podem ser atribuídos a interferências de bloqueadores de anúncios, que podem falhar em bloquear as propagandas ou desativar o botão “Pular”. Contudo, muitos usuários contestam essa justificativa, relatando experiências semelhantes mesmo sem utilizar bloqueadores.

Além disso, o aumento de formatos publicitários mais intrusivos no YouTube tem levantado suspeitas de que a plataforma esteja desafiando suas próprias regras. Por depender fortemente de receitas publicitárias, o YouTube vem ampliando o teste de novos formatos, o que pode estar contribuindo para a frustração do público.

Anúncios mais longos: um problema crescente

Enquanto o Google minimiza o impacto das experiências relatadas, a discrepância entre as diretrizes oficiais e o que realmente acontece no YouTube é evidente. Usuários continuam se deparando com anúncios mais longos e invasivos, e a insatisfação crescente pode indicar que a plataforma precisa rever suas práticas publicitárias para preservar a confiança dos consumidores.

Por enquanto, o YouTube Premium surge como a única alternativa para aqueles que desejam escapar da interrupção de anúncios excessivamente longos. Resta saber se o Google tomará medidas para resolver o problema ou se continuará priorizando o aumento da receita em detrimento da experiência do usuário.

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