Governo Francês esta eliminando o Google de suas plataformas

A França tem vem empenhando muito esforço para não ficar a na mão dos EUA e ou da China e isso vem tomando grandes proporções. Só no mês passado, a Assembléia Nacional Francesa e o Ministério do Exército Francês já bateram o martelo de que estão removendo o Google de todos os dispositivos digitais, inicialmente eles estão removendo o buscador, e podem adotar outras medidas no futuro.

Florian Bachelier, um dos nomes que comanda a força-tarefa de segurança digital e soberania da Assembléia, disse que a organização tem que dar o exemplo, a instituição foi criada em 2018 com a ideia de proteger as empresas francesas e também as agências estatais de possíveis ataques cibernéticos.

Parece que dentro da França há um movimento contra o buscador Google que rastreia e armazena dados dos usuários, a prova disso, é que a dias atrás o Mounir Mahjoubi que é secretário de Estado para assuntos digitais na França, já havia criticado os termos de uso em torno do armazenamento em Nuvem dos Estados Unidos, e deixou escapar que a França esta convencendo outros países Europeus a tomarem a mesma atitude.

Edward Snowden foi quem convenceu a França a mudar a sua percepção sobre a soberania digital. Snowden começou a conversar sobre o assunto já em 2013, onde ele fez revelações sobre a NSA que estava espionando líderes estrangeiros, inclusive brasileiros.

O presidente da França, Emmanuel Macron, tem sido firme em reivindicar a independência da França de empresas de tecnologia estrangeiras especialmente em questões de proteção de dados mostrando oposição a companhias americanas e chinesas dominadoras e às políticas governamentais sobre questões digitais.

Mais recentemente, no Fórum de Governança da Internet, Macron pediu regras mais fortes para preservar a privacidade, a segurança e o acesso à Internet dos cidadãos.

Se não regulamentarmos a internet, o risco é perturbar os fundamentos da democracia. Se não regulamos as relações das [empresas] com os dados, os direitos que nossos cidadãos têm por conta própria dados, seu acesso e compartilhamento qual é o sentido do governo democraticamente eleito?- disse Macron em 12 de novembro. 

Para travar a batalha pela sua soberania digital, a França, antes de tudo, recorreu à regulamentação. Já em 2008, para proteger seus próprios dados e sobre suas infraestruturas nacionais mais críticas, a França estabeleceu uma agência defensiva, a ANSSI. Alguns anos após a sua criação, o trabalho da ANSSI levou a uma lei de cibersegurança que foi implementada em 2013 e, posteriormente, serviu de modelo para a diretiva de 2016 da Rede Europeia de Segurança de Informação (NIS). Com essa lei, a França estabeleceu padrões mais rigorosos de segurança cibernética para empresas e agências estatais que são essenciais para o funcionamento do país. Por hora, a França já vem utilizando o Qwant, um mecanismo de busca francês e alemão que não rastreia seus usuários.

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