A OpenAI anunciou uma nova e poderosa atualização para o recurso de memória do ChatGPT, marcando um avanço importante na personalização da inteligência artificial. Com essa evolução, o ChatGPT poderá lembrar de todas as interações anteriores com o usuário, criando um assistente virtual que realmente “conhece” você ao longo do tempo.
O que é a memória do ChatGPT?
A funcionalidade de memória não é exatamente nova: ela foi introduzida em versões anteriores para tornar o chatbot mais personalizado. O recurso permite que o usuário solicite ao ChatGPT que memorize determinadas informações — como preferências de linguagem, estilo de resposta ou temas de interesse. Por exemplo, você poderia pedir para que a IA lembrasse que você prefere respostas sem listas numeradas, e ela respeitaria essa escolha nos chats seguintes.
Até então, essa memória era limitada. O ChatGPT podia esquecer algumas informações com o tempo ou confundir conversas, o que comprometia a consistência da experiência. Com a nova versão da memória, a OpenAI promete uma capacidade muito mais robusta de retenção e recuperação de dados contextuais ao longo do tempo.
Uma IA que te acompanha por toda a vida
De acordo com Sam Altman, CEO da OpenAI, o objetivo é desenvolver uma IA que acompanhe o usuário de forma contínua, servindo como uma espécie de “parceira de vida digital”. Em uma publicação na rede social X (antigo Twitter), Altman destacou:
“Na minha opinião, esse é um recurso surpreendentemente ótimo, e ele aponta para algo que nos deixa animados: sistemas de IA que conhecem você ao longo da sua vida e se tornam extremamente úteis e personalizados.”
A proposta é que, ao acumular contexto ao longo de meses ou anos, o ChatGPT consiga fornecer sugestões mais precisas, tomar decisões com base em seu histórico e até antecipar suas necessidades com base em comportamentos anteriores — algo semelhante ao que assistentes pessoais humanos fariam.
Como funciona a nova memória
O recurso aprimorado pode armazenar uma ampla variedade de informações, incluindo:
- Preferências de escrita: linguagem mais técnica ou informal, uso de emojis, estrutura textual, entre outros.
- Interesses recorrentes: como temas favoritos, projetos em andamento ou assuntos que o usuário frequentemente explora.
- Estilo de aprendizado: útil para estudantes ou profissionais que usam o ChatGPT para aprender algo novo, adaptando o conteúdo ao seu ritmo e linguagem.
A memória pode ser atualizada, editada ou excluída a qualquer momento. Basta acessar a aba de configurações do ChatGPT e gerenciar os dados salvos, com total transparência e controle.
Privacidade e controle total
A OpenAI garante que a nova memória não compromete a privacidade dos usuários. A funcionalidade pode ser desativada manualmente, e existe também a opção de Bate-papo Temporário, que impede o salvamento de qualquer informação trocada naquela sessão específica.
Essa abordagem busca equilibrar inovação com responsabilidade, oferecendo aos usuários a liberdade de escolher como querem interagir com a IA — com ou sem histórico.
Disponibilidade restrita (por enquanto)
No momento, a nova funcionalidade está sendo liberada de forma gradual apenas para assinantes do plano Pro, que custa US$ 200 por mês. Usuários do plano Plus (US$ 20/mês) devem receber acesso nos próximos meses, segundo a OpenAI. Ainda não há uma previsão de lançamento para usuários gratuitos, o que indica que a empresa está testando a escalabilidade do recurso com sua base paga antes de uma liberação mais ampla.
Essa distinção por plano reflete a estratégia da OpenAI em priorizar inovações para quem investe mais nos seus serviços, além de permitir que funcionalidades mais complexas sejam testadas em uma base controlada.
Por que essa mudança é importante?
Com a memória expandida, o ChatGPT se aproxima de uma inteligência artificial verdadeiramente contínua e personalizada, algo que pode transformar a maneira como as pessoas usam ferramentas de IA no cotidiano — seja para produtividade, estudos, saúde, finanças ou lazer.
Imagine um assistente que sabe como você organiza suas tarefas, lembra de seus objetivos profissionais e oferece sugestões de conteúdo com base nos seus hobbies. Tudo isso, sem que você precise repetir preferências a cada nova conversa.
Esse avanço também pode representar um novo paradigma na relação homem-máquina, onde a IA deixa de ser apenas uma ferramenta pontual e se transforma em um companheiro digital que evolui junto com o usuário.