Em um movimento estratégico para manter sua dominância no cenário de inteligência artificial móvel, o Google está desembolsando quantias significativas para que a Samsung pré-instale o Gemini, sua plataforma de IA, nos dispositivos da linha Galaxy. A iniciativa, revelada durante depoimentos recentes, mostra um esforço contínuo do Google para consolidar sua presença em smartphones, especialmente após pressões legais nos Estados Unidos.
Google aposta alto para manter o Gemini nos celulares Galaxy
Acordo milionário entre gigantes da tecnologia
Durante uma audiência judicial, Peter Fitzgerald, vice-presidente de plataformas e parcerias de dispositivos do Google, confirmou que a empresa começou a pagar mensalmente à Samsung para garantir a presença do Gemini nos aparelhos Galaxy. Esse acordo teve início em janeiro e está previsto para durar, no mínimo, dois anos. Embora o valor exato não tenha sido divulgado, fontes do Departamento de Justiça classificaram o montante como “enorme”.
Além da taxa mensal, o Google também compartilha uma parte da receita de anúncios gerada pelo uso do Gemini nos dispositivos, indicando que a parceria é benéfica para ambas as partes — mas com claras implicações competitivas.
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Pressão da concorrência e legado do Bing
O acordo com a Samsung também ganha relevância à luz de um episódio de 2023, quando surgiram rumores de que a fabricante sul-coreana estaria considerando substituir o Google pelo Bing, da Microsoft, como mecanismo de busca padrão. Esse movimento veio após o Bing se destacar com o lançamento do Bing Chat — hoje conhecido como Copilot — superando temporariamente o Google no campo da IA generativa.
Portanto, o novo acordo com a Samsung pode ser visto como uma resposta direta a essa ameaça, demonstrando o quanto o Google está disposto a investir para preservar sua influência no setor de dispositivos móveis, especialmente em um cenário cada vez mais competitivo impulsionado pela inteligência artificial.
