Inteligência artificial é faca de dois gumes para tecnologia e ética!

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Os especialistas em segurança da Check Point Software dizem que 2023 será o “Ano da IA”, prevendo um avanço e a ampla disponibilidade de ferramentas de IA. Nesse sentido, a Check Point Software comenta a recente ação do governo da Itália para limitar o processamento de dados de cidadãos pela OpenAI e, consequentemente, aponta como mitigar os riscos associados à IA avançada. A inteligência Artificial já uma faca de dois gumes para tecnologia e ética e precisa ser revista!

Os especialistas destacam que, pesquisadores e legisladores devem trabalhar juntos para garantir que essas ferramentas sejam desenvolvidas de maneira segura e benéfica.

Uso do ChatGPT na Itália

De acordo com o que foi detalhado no comunicado oficial do órgão regulador italiano, o ChatGPT atualmente “não fornece qualquer informação aos usuários, nem aos interessados cujos dados tenham sido reunidos pela OpenAI”, apontando “a ausência de uma base legal adequada em relação à obtenção de dados pessoais e seu tratamento” e a violação dos artigos 5.º, 6.º, 8.º, 13.º e 25.º da GDPR (Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados).

Embora atualmente apenas a Itália tenha lançado esta portaria e investigação, dada a alegada base de não conformidade com o regulamento europeu de proteção de dados, é possível que outros países ou o próprio órgão central da União Europeia anunciem medidas semelhantes em breve.

Os perigos e as possibilidades da IA

Por sua vez, Pål (Paul) Aaserudseter, engenheiro de segurança da Check Point Software, compartilhou a visão da empresa em relação à inteligência artificial, segurança cibernética e como as organizações podem se manter seguras nesta nova era de inovação digital.

O potencial de uso indevido de dados é de longe uma das minhas maiores preocupações com o ChatGPT.

O problema em questão é que a maioria dos usuários desconhece o risco que envolve o upload desse tipo de informação sensível. Felizmente, o efeito positivo da proibição do ChatGPT na Itália é que a Lei de IA da UE entrará em vigor muito mais rapidamente.

A IA já demonstrou seu potencial para revolucionar campos como saúde, finanças ou transporte, entre muitos outros. É possível automatizar tarefas tediosas, melhorar a eficiência e proporcionar informações que antes eram impossíveis de serem obtidas, ajudando a resolver problemas complexos e a tomar melhores decisões. No entanto, é igualmente importante manter suas expectativas realistas e não ver essas ferramentas como uma panacéia para todos os problemas, pelo menos por enquanto.

Atualmente a maior parte da IA que utilizamos está agrupada dentro da Inteligência Artificial Estreita ou “fraca” (ANI – Artificial Narrow Intelligence), longe da Superinteligência Artificial (ASI – Artificial Super Intelligence) cuja inteligência ultrapassaria as capacidades humanas.

Para mitigar os riscos associados à IA avançada, é importante que pesquisadores e legisladores trabalhem juntos para garantir que essas ferramentas sejam desenvolvidas de maneira segura e benéfica.

Todas as organizações relacionadas, como governos, empresas e os próprios desenvolvedores devem considerar os seguintes pilares fundamentais:

Estabelecer diretrizes éticas; Fomentar a transparência; Assegurar a privacidade; Priorizar a segurança; Promover a inovação; Incentivar a participação e acessibilidade do público. A IA pode ser uma ferramenta tanto para os atacantes quanto para os defensores. À medida que as tecnologias se tornam mais avançadas, elas podem ser usadas para criar ataques mais sofisticados e difíceis de serem detectados.

Como a Check Point Research (CPR) mostrou em ocasiões anteriores, o ChatGPT está sendo usado atualmente para automatizar processos e também criar campanhas de phishing direcionadas ou até mesmo lançar ataques automatizados. No entanto, ao contrário destes fatos, hoje a inteligência artificial e o machine learning são dois dos grandes pilares que ajudam a melhorar constantemente as capacidades de cibersegurança, alguns especialistas chegam mesmo a apontar que a próxima geração de defesa dependerá fortemente destas funcionalidades robóticas.

A corrida contra os cibercriminosos continua sendo uma das principais prioridades dos especialistas em segurança cibernética. Devemos nos manter atualizados para tentar lidar com todas as ameaças atuais e futuras.

O Infinity Spark é um claro exemplo das possibilidades da inteligência artificial, apresentando uma robusta e acessível ferramenta capaz de oferecer segurança integral com total proteção às empresas e aos seus colaboradores, dentro e fora do escritório.

Eduardo Gonçalves, country manager da Check Point Software Brasil
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