A Meta deu mais um passo decisivo no competitivo mercado de inteligência artificial generativa ao lançar um novo aplicativo autônomo de IA. Alimentado pelo modelo proprietário Llama, o app tem como objetivo oferecer uma experiência similar — e potencialmente superior — à de plataformas já consolidadas como ChatGPT (OpenAI), Gemini (Google), Claude (Anthropic) e Grok (xAI, de Elon Musk).
Meta aposta em app próprio de IA e desafia rivais como ChatGPT
O aplicativo, oficializado na última terça-feira, chega com funcionalidades voltadas à interatividade e personalização. Entre os destaques está o feed “Discover”, que mostra como os usuários estão utilizando o assistente, além de sugestões de comandos (prompts) que incentivam novas interações. Esse lançamento reforça a estratégia da empresa de ampliar sua presença no setor de IA, alinhando-se a projeções feitas no início do ano por fontes citadas pela CNBC.
De função integrada a plataforma dedicada
Desde setembro de 2023, a Meta já havia integrado sua assistente virtual, a Meta AI, em seus principais serviços — como Instagram, Facebook, WhatsApp e Messenger. Em abril de 2025, a companhia substituiu a barra de pesquisa tradicional por sua IA em todas essas plataformas, mostrando a intenção de tornar a inteligência artificial o núcleo do seu ecossistema digital.
Mark Zuckerberg, CEO da empresa, declarou que 2025 será o marco de uma revolução na interação com assistentes inteligentes. Ele afirmou:
“2025 será o ano em que um assistente de IA altamente inteligente e personalizado alcançará mais de 1 bilhão de pessoas, e espero que a Meta AI seja esse assistente de IA líder.”
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Essa ambição se apoia em números impressionantes. A CFO da Meta, Susan Li, revelou que o Meta AI alcançou 700 milhões de usuários ativos mensais em janeiro de 2025 — um crescimento notável frente aos 600 milhões registrados em dezembro de 2024.
A criação de um aplicativo independente segue uma tendência observada em outros grandes nomes da tecnologia. Tanto o Google quanto a xAI já possuem apps dedicados às suas IAs, reforçando o movimento de dissociação entre plataforma social e ferramenta de inteligência artificial.
LlamaCon e os investimentos bilionários
O lançamento do app também coincide com a realização da LlamaCon, a primeira conferência de desenvolvedores da Meta voltada à IA. Sediado em Menlo Park, o evento apresenta a comunidade em torno do Llama, o motor por trás das soluções da empresa, e serve como palco para apresentar inovações e recursos planejados.
Além do aspecto técnico, o investimento massivo da Meta em inteligência artificial chama atenção do mercado financeiro. Em janeiro, a empresa anunciou um aporte de até US$ 65 bilhões no setor de IA ainda em 2025. O objetivo é fortalecer sua posição diante dos concorrentes e gerar retorno sobre os investimentos nos próximos trimestres.
A expectativa é que os resultados financeiros do primeiro trimestre, que serão divulgados nesta quarta-feira, tragam mais clareza sobre o impacto prático dessa estratégia no desempenho da empresa.
