Privacidade digital

Microsoft desmente rumores sobre uso de documentos no treinamento de IA

Microsoft esclarece que não utiliza documentos de clientes no treinamento de IA do Office, desmentindo alegações de um popular perfil no Twitter.

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Um recente debate no Twitter levantou dúvidas sobre como a Microsoft utiliza os documentos de clientes no treinamento de suas inteligências artificiais. A gigante da tecnologia, porém, foi rápida em desmentir as acusações, afirmando que tudo não passa de um mal-entendido.

Microsoft desmente alegações sobre uso de documentos no treinamento de IA

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Um perfil popular no Twitter, especializado em Linux, publicou que o Microsoft Office habilitaria, por padrão, uma funcionalidade que usaria documentos do Word e Excel para treinar sistemas de inteligência artificial. Segundo o tweet, os usuários precisariam desativar manualmente essa configuração, acessando:

  • Arquivo > Opções > Central de Confiabilidade > Configurações da Central de Confiabilidade > Opções de Privacidade > Configurações de Privacidade > Experiências Conectadas Opcionais

A publicação rapidamente gerou alarme, especialmente entre escritores e profissionais preocupados com a proteção de direitos autorais e dados proprietários.

A resposta oficial da Microsoft

A conta oficial do Microsoft 365 rebateu diretamente a alegação, esclarecendo:

“Nos aplicativos do M365, não utilizamos dados de clientes para treinar modelos de linguagem extensa (LLMs). Essa configuração apenas ativa recursos que requerem conexão com a internet, como coautoria em documentos.”

Reflexões sobre privacidade e transparência

Apesar da negativa da Microsoft, o episódio reflete a desconfiança crescente em relação a grandes empresas de tecnologia. Casos anteriores, como o da Adobe, reforçam essa preocupação. No início do ano, a Adobe enfrentou críticas semelhantes sobre o uso de dados de usuários, precisando posteriormente emitir um esclarecimento mais direto.

Privacidade é um tema sensível, especialmente em tempos de inteligência artificial. Embora a resposta da Microsoft pareça encerrar o caso, a complexidade e a falta de clareza em políticas de privacidade continuam sendo um problema. A simplificação dessas políticas poderia beneficiar tanto os usuários quanto as empresas, evitando mal-entendidos como este.

Conclusão

Enquanto os usuários se mostram cada vez mais atentos às práticas de privacidade, empresas como Microsoft precisam se esforçar para manter uma comunicação clara e acessível. Essa abordagem não apenas fortalece a confiança dos clientes, mas também reduz o risco de crises desnecessárias causadas por interpretações equivocadas.

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