Com o lançamento recente do Fedora 42, a comunidade de desenvolvedores já se volta ao futuro: o Fedora 43, previsto para o segundo semestre de 2025, promete avanços significativos na área de virtualização segura. Entre as propostas iniciais está a implementação aprimorada do suporte ao Intel TDX (Trust Domain Extensions), uma tecnologia que visa elevar a segurança das máquinas virtuais confidenciais (Confidential VMs).
O que é o Intel TDX?
O Intel TDX oferece um ambiente de execução confiável (TEE) voltado à proteção de VMs contra acessos indevidos do próprio host ou de outras máquinas virtuais compartilhando o mesmo servidor físico. Essa camada adicional de segurança é especialmente relevante em ambientes de computação em nuvem e data centers, onde o isolamento entre VMs é essencial.
Embora o TDX tenha começado como uma tecnologia experimental em processadores Intel Sapphire Rapids, só se tornou amplamente compatível a partir da geração Emerald Rapids — com expectativa de suporte ainda maior em CPUs Sierra Forest e Granite Rapids.
Fedora 43 quer elevar o suporte ao Intel TDX
Enquanto o Fedora 42 já oferece suporte inicial ao Intel TDX, a intenção da equipe é fazer com que o Fedora 43 permita a criação completa de convidados TDX (TDX guests) diretamente em máquinas com Fedora como sistema host. A meta é equiparar o suporte ao TDX ao já existente AMD SEV-SNP, presente desde o Fedora 41.
Para isso, será necessário garantir que pacotes como QEMU, libvirt, virt-install, políticas de SELinux e o kernel Linux estejam todos atualizados e otimizados para suportar essa tecnologia.
Um futuro mais seguro para a virtualização no Linux
A proposta de mudança ainda será avaliada pelo Fedora Engineering and Steering Committee (FESCo), mas por se basear em códigos upstream já existentes e por tratar-se de um recurso de destaque da Intel, espera-se que seja aprovada sem maiores obstáculos.
Esse avanço representa mais um passo na consolidação do Fedora como uma das distribuições Linux mais preparadas para ambientes corporativos seguros e modernos, voltados à computação confidencial.