Fedora, uma das principais distribuições Linux, facilita o uso de OpenCL e workloads do oneAPI Level Zero em hardware gráfico da Intel através de seu gerenciador de pacotes. Contudo, mudanças no Intel Compute Runtime, que abandonou o suporte a hardware anterior ao Ice Lake, colocam a distribuição em uma encruzilhada para Fedora 42.
Atualmente, Fedora mantém uma versão “legada” do Intel Compute Runtime para dar suporte a hardware mais antigo. No entanto, com a falta de manutenção ativa para essas versões e a dificuldade de suportar tanto hardware antigo quanto novo simultaneamente, a atualização para os ramos mais recentes do runtime é inevitável.
Essa mudança não é apenas sobre abandonar suporte a processadores como Broadwell, Skylake e Ice Lake, mas também aproveitar vantagens significativas. O novo Intel Compute Runtime traz suporte a GPUs mais recentes, como DG1, Alchemist e Meteor Lake, além de melhorias de desempenho, compatibilidade com o LLVM, novos recursos e correções de segurança.
O que muda para os usuários?
O suporte ao hardware mais antigo, incluindo GPUs de gerações anteriores à 12ª, será descontinuado. Isso afetará processadores e GPUs populares lançados entre 2015 e 2020, como Broadwell e Skylake. Por outro lado, as GPUs mais recentes, incluindo as baseadas em Xe2 e Xe3+, terão suporte total, o que garante melhor desempenho e integração com novas tecnologias.
Motivos para a mudança
Com novos kernels, cabeçalhos e compiladores frequentemente quebrando a compatibilidade de software, manter uma versão legada do Intel Compute Runtime tornou-se impraticável. Além disso, a falta de atualizações para as versões antigas limita os avanços tecnológicos.
A Red Hat e engenheiros da Intel propuseram uma rebase completa dos pacotes relacionados ao Intel Compute Runtime e ao compilador Intel IGC para os últimos ramos disponíveis. Isso garante que o Fedora continue relevante para usuários de hardware Intel, ao mesmo tempo que se mantém alinhado às inovações.
Próximos passos
A proposta de mudança foi submetida à Fedora Engineering Steering Committee (FESCo) e, se aprovada, será implementada no Fedora 42. Essa transição marca um ponto crítico, destacando o compromisso do Fedora em priorizar o suporte às novas tecnologias e garantir uma experiência otimizada para seus usuários.
Embora a decisão possa ser difícil para quem utiliza hardware mais antigo, ela reflete a evolução natural do ecossistema Linux, sempre em busca de inovação e melhor desempenho.