Mudança futura

Ubuntu avalia adoção do Dracut em substituição ao initramfs-tools

A Canonical está considerando substituir o initramfs-tools pelo Dracut nas futuras versões do Ubuntu, começando pela versão 25.04. A comunidade está sendo convidada a testar o Dracut, já disponível no Ubuntu 24.10.

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A Canonical está considerando adotar o Dracut como a nova ferramenta de geração de initrd, substituindo o initramfs-tools, a partir do Ubuntu 25.04.

A equipe da Canonical, liderada por Benjamin Drung, compartilhou que o Dracut pode se tornar a nova ferramenta padrão para geração de initrd nas próximas versões do Ubuntu. Atualmente, o Dracut já está disponível nos repositórios do Ubuntu 24.10, e a Canonical está buscando feedback da comunidade para avaliar sua performance e compatibilidade.

Dracut, uma solução desenvolvida pela Red Hat, é amplamente usada em distribuições como Fedora, RHEL, openSUSE e SUSE. No entanto, sua adoção no Ubuntu ainda está em fase de testes, e a Canonical incentiva usuários do Ubuntu 24.10 a testarem o Dracut em seus sistemas e relatarem os resultados.

Como testar o Dracut no Ubuntu

Se você utiliza o Ubuntu 24.10 e se sente confortável com o processo de testes, a Canonical recomenda que você siga as etapas abaixo para testar o Dracut em seu sistema:

  1. Verificar se há problemas conhecidos: Consulte a seção de problemas conhecidos (detalhada abaixo) para garantir que seu sistema não será afetado por incompatibilidades.
  2. Criar um backup do initrd existente: Certifique-se de ter uma cópia de segurança do initrd atual, especialmente se houver apenas um kernel instalado. Isso pode ser feito com o comando:
sudo cp /boot/initrd.img-$(uname -r) /boot/initrd.img-$(uname -r).orig
  1. Instalar o Dracut: Use o comando abaixo para instalar o pacote dracut-core:
sudo apt install dracut-core

Nota: Não instale o pacote principal do Dracut, pois isso removerá o initramfs-tools do sistema.

  1. Gerar o initrd com Dracut: Após a instalação, gere o initrd com o comando:
sudo dracut -H --hostonly-mode=sloppy --force

Esse comando garante que o initrd seja gerado corretamente para o kernel em uso.

  1. Reiniciar o sistema: Reinicie a máquina e, caso o sistema falhe ao iniciar, utilize o initrd de backup para restaurar o funcionamento.
  2. Relatar resultados: Se o sistema funcionar corretamente com o Dracut, a Canonical solicita que os usuários relatem o sucesso, informando detalhes sobre o sistema com os seguintes comandos:
echo "System:"
cat /sys/devices/virtual/dmi/id/sys_vendor
cat /sys/devices/virtual/dmi/id/product_family
cat /sys/devices/virtual/dmi/id/product_name
echo "Root mount:"
mount | grep " / "

Problemas conhecidos

Apesar de o Dracut ser amplamente adotado em outras distribuições, alguns problemas ainda estão presentes na implementação para o Ubuntu:

  • Volumes ZFS criptografados: Não há suporte para inicialização a partir de volumes ZFS criptografados.
  • Integração com Plymouth: A tela de boot Plymouth ainda não está funcionando no Ubuntu, resultando em um boot em modo texto.
  • Suporte iSCSI: O initrd gerado pelo Dracut não inclui os arquivos necessários para boot via iSCSI.
  • kdump-tools: As ferramentas de dump de kernel (kdump) ainda não são compatíveis com o Dracut no Ubuntu.

Conclusão e colaboração da comunidade

A transição para o Dracut marca uma mudança significativa no gerenciamento do initrd no Ubuntu, e a Canonical precisa da colaboração da comunidade para identificar falhas e avaliar se o Dracut pode se tornar a nova ferramenta padrão nas versões futuras do sistema. Usuários que testarem o Dracut são incentivados a relatar tanto sucessos quanto falhas para garantir que a migração ocorra de forma segura e eficiente.

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