Linux Kernel 6.6: tudo o que você precisa saber

O Linux Kernel 6.6, lançado em 30 de outubro de 2023, é a mais recente versão do núcleo do sistema operacional Linux, que é responsável por gerenciar os recursos do hardware, executar os processos e fornecer uma interface para os programas de usuário. A cada nova versão do kernel, novas funcionalidades, melhorias de desempenho e correções de bugs são adicionadas, tornando o Linux um sistema cada vez mais robusto, seguro e versátil.

Neste post, vamos apresentar algumas das principais novidades que estão presentes no Linux Kernel 6.6. Essas informações são baseadas nas discussões da comunidade de desenvolvedores do Linux, nos patches enviados para o repositório oficial do kernel e nas notícias publicadas em sites especializados.

Algumas das novidades que podemos encontrar no Linux Kernel 6.6 são:

1. Suporte aprimorado para dispositivos ARM64: O kernel 6.6 trouxe melhorias na inicialização, na gestão de energia, na compatibilidade com drivers e na segurança desses dispositivos. Por exemplo, o kernel suporta o modo de hibernação dos MacBooks com chip M1, permitindo que eles sejam reiniciados rapidamente sem perder o estado dos aplicativos. Além disso, o kernel implementou mecanismos de proteção contra ataques físicos aos dispositivos ARM64, como a criptografia de memória e a verificação de integridade do código.
2. Implementação do conceito de processos persistentes: Essa funcionalidade permite que um processo continue executando mesmo após o encerramento da sessão do usuário ou do desligamento do sistema. Isso pode ser útil para aplicações que precisam manter um estado consistente entre as reinicializações, como bancos de dados, servidores web e sistemas de backup. Para isso, o kernel usa uma área reservada do disco para armazenar os dados dos processos persistentes e restaurá-los quando o sistema for ligado novamente. Essa área é protegida por criptografia e autenticação para evitar acessos indevidos.
3. Integração do BPF (Berkeley Packet Filter): O BPF é um mecanismo que permite a execução de código no espaço do kernel de forma segura e eficiente. O BPF pode ser usado para implementar diversas funcionalidades, como filtragem de pacotes, monitoramento de rede, análise de desempenho e segurança. O kernel 6.6 trouxe novas extensões e ferramentas para o BPF, ampliando as possibilidades de uso desse recurso. Por exemplo, o kernel permite que o BPF acesse dados do sistema de arquivos, como metadados, atributos e conteúdo dos arquivos. Isso pode ser usado para criar filtros mais sofisticados ou para coletar informações sobre o uso do disco.
4. Otimizações no Btrfs: O kernel 6.6 trouxe otimizações no balanceamento de dados, na recuperação de erros, na verificação de integridade e na performance geral do Btrfs. Por exemplo, o kernel melhorou a alocação dinâmica dos blocos de dados no disco, evitando a fragmentação e o desperdício de espaço.