Patches do Device Tree permitem linux em iphones e ipads com SoCs apple a7 a a11

Escrito por
Emanuel Negromonte
Fundador do SempreUPdate. Acredita no poder do trabalho colaborativo, no GNU/Linux, Software livre e código aberto. É possível tornar tudo mais simples quando trabalhamos juntos, e...

Desenvolvedores de código aberto continuam avançando na compatibilidade do Linux com dispositivos Apple mais antigos. Recentemente, foram submetidos patches do Device Tree (DT) à lista de discussão do kernel Linux (LKML) para avaliação e possível inclusão no kernel principal. Esses patches visam habilitar o boot do Linux em iPhones, iPads, iPods e Apple TVs com processadores A7 até A11.

O progresso dos patches no kernel

Os patches, desenvolvidos por Konrad Dybcio e revisados por Nick Chan, incluem suporte para uma gama de dispositivos que utilizam os SoCs Apple A7, A8, A8X, A9, A9X, A10, A10X e A11. Essa série de correções faz parte de um esforço contínuo para resolver problemas críticos e permitir que esses dispositivos executem o sistema operacional Linux.

Nick Chan, em sua carta de apresentação para a série de patches, destacou que essa nova implementação suporta vários componentes essenciais, como SMP (spin-table), UART, framebuffer simples, watchdog, temporizadores, pinctrl e interrupções AIC. Além disso, dispositivos com A7 a A10 SoCs também recebem suporte para teclas GPIO, enquanto dispositivos com A11, como o iPhone X, apresentam limitações devido ao uso de subdispositivos SMC.

Dispositivos suportados e limitações

A série atual cobre um número significativo de dispositivos, incluindo iPhones, iPads, iPod touches e Apple TVs com SoCs A7 a A11. No entanto, dispositivos baseados no T2 (como alguns modelos com SoC A10) ainda não são compatíveis, pois o bootloader não está funcionando corretamente. O HomePod também foi excluído desta série devido à falta de testes e à sua arquitetura diferenciada.

Para os dispositivos com A10 SoCs, o suporte ao cpufreq foi incluído, o que permite uma gestão mais eficiente de energia e desempenho. No entanto, Chan alertou que os processadores A10(X) têm pares de núcleos de desempenho e eficiência que funcionam como núcleos lógicos únicos, o que requer ajustes nas frequências de estados de baixa potência.

Conclusão

Essa iniciativa de habilitar o suporte ao Linux para dispositivos Apple mais antigos representa um avanço significativo para a comunidade de código aberto, especialmente para aqueles interessados em executar o Linux em dispositivos que utilizam os chips da Apple A7 a A11. A série de patches está atualmente sob revisão e pode ser vista na lista de discussão do kernel Linux.

FAQ: Patches do Device Tree para dispositivos Apple com SoCs A7 a A11

O que são os patches do Device Tree para dispositivos Apple?

Os patches do Device Tree são correções submetidas ao kernel Linux que permitem que dispositivos da Apple, como iPhones e iPads com SoCs A7 a A11, possam iniciar o sistema operacional Linux. Esses patches habilitam componentes como SMP, UART, framebuffer simples, e outros necessários para o funcionamento básico do Linux nesses dispositivos.

Quais dispositivos Apple são suportados pelos patches do Device Tree?

Atualmente, os patches suportam iPhones, iPads, iPods touch e Apple TVs com SoCs A7 a A11. No entanto, dispositivos com chips T2 (baseados no A10) e o HomePod foram excluídos por não terem o bootloader funcionando corretamente ou por falta de testes adequados.

O que é suportado nos dispositivos Apple com os SoCs A7 a A11?

Os patches oferecem suporte a SMP (spin-table), UART, watchdog, temporizadores, pinctrl, interrupções AIC e GPIO-keys para os SoCs A7 a A10. Dispositivos com A11 possuem limitações, como o fato de as teclas serem subdispositivos SMC, o que impede o suporte a GPIO-keys.

Qual a importância do suporte ao cpufreq nos dispositivos com A10 SoCs?

O cpufreq permite a gestão dinâmica de frequência do processador, ajustando o desempenho e o consumo de energia conforme a demanda do sistema. No A10, esse ajuste é crítico devido à arquitetura de pares de núcleos de desempenho e eficiência, que funcionam como núcleos lógicos únicos.

Como posso acompanhar o progresso desses patches?

Você pode acompanhar a evolução desses patches na lista de discussão do kernel Linux (LKML). Lá, os desenvolvedores compartilham as atualizações e revisões para a inclusão no kernel principal.

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