Segurança digital

Hackers chineses lançam ataque com nova ameaça chamada WolfsBane

Pesquisadores descobriram o WolfsBane, um malware para Linux, desenvolvido pelo grupo Gelsemium, que usa técnicas avançadas para furtividade e controle total do sistema.

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Pesquisadores de segurança da ESET identificaram o WolfsBane, um malware avançado para Linux atribuído ao grupo chinês Gelsemium. Essa ameaça parece ser uma adaptação de uma variante do Windows e reflete uma mudança significativa no foco de hackers, devido ao fortalecimento das defesas no sistema Windows.

A transição de ameaças para o Linux

Conforme a segurança no Windows evolui, com ferramentas como detecção de endpoints (EDR) e a desativação de macros VBA, grupos avançados de ameaças persistentes (APT) estão explorando novos territórios. O Linux, que domina servidores e sistemas voltados para a internet, tornou-se um alvo preferido devido a essas mudanças.

O que é o WolfsBane?

Alerta de malware em tons vermelhos destacando um aviso de infecção, ilustrando a ameaça do vírus Perfctl em servidores Linux.

O WolfsBane é uma ferramenta complexa composta por dropper, launcher e backdoor. Ela utiliza um rootkit modificado, baseado em código aberto, para ocultar suas atividades. O dropper, identificado como ‘cron’, introduz o malware no sistema, enquanto o launcher se disfarça como componente do KDE para ganhar persistência.

Após a instalação, ele desabilita o SELinux, ajusta arquivos de configuração e carrega bibliotecas criptografadas que garantem a comunicação com servidores de comando e controle (C2). Uma versão modificada do rootkit BEURK também é carregada, permitindo ocultar processos, arquivos e conexões de rede associados ao malware.

O impacto do WolfsBane

Esse malware oferece controle total aos atacantes, permitindo manipulação do sistema, exfiltração de dados e operações remotas. A semelhança entre os comandos no Linux e sua versão para Windows reforça a origem compartilhada com o grupo Gelsemium.

Firewood: outra ameaça emergente

Além do WolfsBane, pesquisadores identificaram o FireWood, um backdoor que pode ser compartilhado entre grupos APT chineses. Embora suas conexões com o Gelsemium sejam menos evidentes, ele é igualmente perigoso, com recursos para espionagem de longo prazo, ocultação de processos e execução automática no sistema.

O FireWood utiliza um arquivo de autoinicialização (‘gnome-control.desktop’) e pode operar em nível de kernel usando rootkits como ‘usbdev.ko’. Isso torna seus operadores capazes de esconder atividades e manter a persistência nos sistemas atacados.

Conclusões e medidas preventivas

A descoberta do WolfsBane e do FireWood reflete uma tendência alarmante de ataques avançados focados no Linux. É essencial que administradores reforcem a segurança de servidores e adotem medidas como monitoramento de processos e análise de tráfego para evitar compromissos futuros.

Para detalhes técnicos, a ESET disponibilizou os indicadores de comprometimento (IoCs) em seu repositório no GitHub, ajudando especialistas a identificar e mitigar esses ataques.

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