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Hackers norte-coreanos roubam US$ 1,3 bilhão (aproximadamente R$ 7,9 bilhões) em criptomoedas em 2024

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Em 2024, hackers associados ao regime norte-coreano realizaram uma série de ataques cibernéticos de grande escala, resultando no roubo de US$ 1,34 bilhão (aproximadamente R$ 8,1 bilhões) em criptomoedas. Esse valor impressionante representa 61% do total roubado de plataformas de criptomoedas no ano, conforme revela o mais recente relatório da Chainalysis, especializada na análise de blockchain. O montante roubado marca um aumento de 21% em relação ao ano anterior, sublinhando a crescente sofisticação e o foco nas criptomoedas por parte desses criminosos digitais.

Crescimento do cibercrime em criptomoedas: Tendência em alta

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Embora o número total de incidentes tenha atingido um recorde de 303, o valor total roubado ainda não superou o pico de 2022, quando hackers furtaram US$ 3,7 bilhões (aproximadamente R$ 22,5 bilhões) em criptomoedas. No entanto, o ano de 2024 destaca-se pelo aumento da frequência e da ousadia desses ataques, com os hackers norte-coreanos representando uma parcela significativa desse crescimento. De acordo com a Chainalysis, o período entre janeiro e julho foi particularmente ativo, com 72% do valor total de 2024 sendo roubado nesse intervalo.

Principais ataques de 2024: DMM Bitcoin e WazirX

Entre os ataques mais devastadores, dois se destacam pela magnitude das perdas. O primeiro foi o ataque à plataforma DMM Bitcoin, em maio, que resultou em um roubo superior a US$ 305 milhões (aproximadamente R$ 1,86 bilhões), e o segundo foi o hack de julho ao WazirX, uma das maiores exchanges de criptomoedas da Índia, que teve perdas estimadas em US$ 235 milhões (aproximadamente R$ 1,43 bilhões). Esses ataques não apenas geraram prejuízos financeiros massivos, mas também evidenciam a vulnerabilidade de plataformas populares de criptomoedas, tanto as descentralizadas (DeFi) quanto as centralizadas.

Plataformas DeFi: O alvo preferido dos hackers

No que diz respeito às plataformas mais atingidas, as DeFi (finanças descentralizadas) lideram a lista, seguidas por serviços centralizados. As DeFi, em particular, têm sido alvo constante devido às suas vulnerabilidades de segurança e à falta de regulação robusta. Embora muitas dessas plataformas ofereçam inovação e oportunidades de lucro, elas também se tornaram alvos preferenciais para criminosos digitais que buscam explorar falhas de segurança.

Como os Hackers Norte-Coreanos operam?

A análise dos métodos utilizados revela que os hackers norte-coreanos frequentemente comprometem chaves privadas, sendo responsáveis por 44% das perdas de criptomoedas. Esses ataques ocorrem por meio de técnicas avançadas de phishing e engenharia social, que visam obter as chaves de acesso aos portfólios digitais das vítimas. Embora as falhas de segurança também desempenhem um papel, com 6,3% dos roubos sendo atribuídos a essas vulnerabilidades, o comprometimento de chaves privadas continua a ser o método mais eficaz.

Além disso, a Chainalysis alerta para o uso crescente de ataques de “smishing” e “social engineering” (engenharia social) por parte dos hackers, que visam manipular indivíduos para obter informações sensíveis ou acessar sistemas protegidos.

O futuro das criptomoedas e a segurança digital

O aumento das atividades cibernéticas voltadas para criptomoedas reforça a necessidade urgente de aprimorar a segurança digital nesse setor. As exchanges e plataformas DeFi precisam investir em sistemas de proteção mais robustos, além de educar os usuários sobre as melhores práticas de segurança, como o uso de autenticação multifatorial e a preservação de chaves privadas de forma segura.

A tendência de ataques cibernéticos relacionados a criptomoedas deve continuar crescendo, tornando-se cada vez mais sofisticada à medida que os hackers aprimoram suas táticas. Para mitigar os danos, é essencial que os reguladores, desenvolvedores de plataformas e usuários adotem uma abordagem colaborativa e preventiva no combate aos crimes digitais.

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