Hackers usam trend do TikTok para espalhar malware

Governo da cidade de Nova York proíbe uso do TikTok
Governo da cidade de Nova York proíbe uso do TikTok

Cibercriminosos estão aproveitando uma trend popular do TikTok para induzir os usuários a baixar malwares que roubam informações. A informação vem de uma nova pesquisa da Checkmarx.

Trend do TikTok usada para espalhar malware

A trend, chamada Invisible Challenge (Desafio invisível), envolve a aplicação de um filtro chamado Invisible Body (Corpo invisível) que deixa apenas uma silhueta do corpo da pessoa.

Mas o fato de que os indivíduos que filmam esses vídeos podem ser despidos levou a um esquema nefasto em que os invasores postam vídeos do TikTok com links para um software desonesto apelidado de “unfilter” que pretende remover os filtros aplicados.

“As instruções para obter o software ‘unfilter’ implantam o malware ladrão WASP escondido dentro de pacotes Python maliciosos”, disse o pesquisador da Checkmarx, Guy Nachshon, em uma análise na segunda-feira.

O ladrão WASP (também conhecido como W4SP Stealer) é um malware projetado para roubar senhas de usuários, contas Discord, carteiras de criptomoedas e outras informações confidenciais.

Vídeos da trend

Estima-se que os vídeos do TikTok postados pelos atacantes, @learncyber e @kodibtc (Via: The Hacker News), em 11 de novembro de 2022, tenham atingido mais de um milhão de visualizações. De acordo com o site, essas contas foram suspensas.

Também está incluído no vídeo um link de convite para um servidor Discord gerenciado pelo adversário, que tinha quase 32.000 membros antes de ser denunciado e excluído. As vítimas que ingressam no servidor Discord posteriormente recebem um link para um repositório GitHub que hospeda o malware.

Desde então, o invasor renomeou o projeto para “Nitro-generator”, mas não antes de entrar na lista de repositórios de tendências do GitHub em 27 de novembro de 2022, instando os novos membros do Discord a iniciar o projeto, aponta o site. Além de alterar o nome do repositório, o agente da ameaça excluiu arquivos antigos do projeto e carregou novos, um dos quais até descreve o código Python como “É (sic) código aberto, não é um VÍRUS”.

As informações apontam que o código do ladrão foi incorporado em vários pacotes Python, como “tiktok-filter-api”, “pyshftuler”, “pyiopcs” e “pydesings”, com os operadores publicando rapidamente novas substituições para o Python Package Index (PyPI) sob nomes diferentes ao serem removidos. “O nível de manipulação usado pelos invasores da cadeia de suprimentos de software está aumentando à medida que os invasores se tornam cada vez mais inteligentes”, observou Nachshon.

“Esses ataques demonstram novamente que os invasores cibernéticos começaram a focar sua atenção no ecossistema de pacotes de código aberto”, pontuou.

Acesse a versão completa
Sair da versão mobile