Ameaça cibernética

Microsoft alerta: hackers norte-coreanos adotam ransomware Qilin em novos ataques

O grupo hacker norte-coreano Moonstone Sleet agora utiliza o ransomware Qilin em ataques cibernéticos. Microsoft alerta sobre novas táticas de ameaça.

Imagem com homem de costas, simbolizando crime cibernético

A Microsoft revelou que o grupo de hackers norte-coreano Moonstone Sleet passou a utilizar o ransomware Qilin em ataques recentes. Essa mudança representa uma nova abordagem do grupo, que antes confiava apenas em ferramentas próprias de ataque.

Microsoft alerta sobre parceria entre hackers norte-coreanos e ransomware Qilin

Ransomware Qilin

Adaptação estratégica dos cibercriminosos

Desde fevereiro de 2025, a Microsoft identificou que o Moonstone Sleet direcionou ataques a um número limitado de alvos, demonstrando uma evolução nas suas estratégias. Inicialmente rastreado como Storm-1789, o grupo compartilhou características com outros hackers norte-coreanos, como Diamond Sleet e Onyx Sleet, mas gradualmente adotou métodos e infraestruturas próprias.

As ações do grupo incluem a distribuição de softwares comprometidos, como versões adulteradas do PuTTY, o uso de carregadores de malware sob medida, pacotes npm maliciosos e até jogos infectados. Além disso, eles criam empresas fictícias, como CC Waterfall e StarGlow Ventures, para enganar vítimas em plataformas como LinkedIn, redes de freelancers, Telegram e e-mail.

Ascensão do ransomware Qilin

O ransomware Qilin, ativo desde agosto de 2022, já comprometeu mais de 300 organizações, conforme dados da dark web. A ameaça ganhou força no final de 2023, quando afiliados começaram a explorar criptografadores avançados para atingir servidores VMware ESXi. Os valores exigidos nos resgates variam de US$ 25 mil a milhões de dólares, dependendo da organização atingida.

Dentre os alvos do Qilin estão empresas de grande porte, como a fabricante automotiva Yangfeng, a editora de jornais Lee Enterprises e a provedora de serviços de patologia Synnovis. Um dos ataques mais impactantes afetou hospitais do NHS no Reino Unido, causando o cancelamento de cirurgias e consultas médicas.

Histórico de envolvimento norte-coreano com ransomware

A Coreia do Norte tem um histórico de envolvimento com ataques de ransomware. Em maio de 2024, a Microsoft identificou o Moonstone Sleet utilizando uma variante personalizada do ransomware FakePenny, com pedidos de resgate que chegavam a US$ 6,6 milhões em Bitcoin.

Anteriormente, em 2017, o grupo Lazarus foi responsabilizado pelo ataque global do ransomware WannaCry, que afetou centenas de milhares de sistemas. Outros ataques atribuídos a hackers norte-coreanos incluem as operações de ransomware Holy Ghost e Maui, ambas direcionadas a instituições de saúde.

Conclusão

A adesão do Moonstone Sleet ao ransomware Qilin mostra como os cibercriminosos norte-coreanos estão se adaptando para maximizar seus ataques. A Microsoft reforça a necessidade de medidas robustas de segurança cibernética para mitigar esses riscos e evitar impactos financeiros e operacionais.