O mundo está totalmente imerso nas tecnologias, fazendo com que todos estejam de alguma forma interligados, facilitando a comunicação, negociações e o conhecimento do mundo de uma maneira rápida, sem precisar sair da sua casa. Nas redes sociais, nos sites de compras, de busca e até mesmo nos streamings de filmes e músicas, existe um software chamado algoritmo, que ajuda a conhecer, otimizar, coletar dados, criar perfis ou auxiliar nas tomadas de decisões dos usuários. Os algoritmos servem como ferramenta de identificação do indivíduo por meio de escolhas tomadas, que, posteriormente, começam a oferecer conteúdos e produtos conforme seu histórico de preferências. Mas, a questão é: até que ponto isso é benéfico para as nossas vidas?
O fato de não ter controle nos anúncios que aparecem em suas redes sociais, de ser induzido a adquirirem produtos através de anúncios totalmente personalizados, que supõem que aquilo seja do seu gosto, acaba sendo um dos pontos negativos dos algoritmos, gerando a tal chamada ansiedade algorítmica. Esse software de captação de dados está presente em tudo que você pode imaginar digitalmente, então a todo momento suas escolhas são observadas, armazenadas e transformadas em munições para anúncios publicitários. Então, muitas das vezes a aquisição de algo não é genuína, mas, sim uma influência desse mundo tecnológico.
Não existe somente a indução a algum produto ou serviço, essa inteligência artificial e o mundo digital é capaz de modificar o comportamento e a opinião do usuário. Segundo uma pesquisa realizada em 2019 pela DataSenado, em parceria com as ouvidorias da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, 83% dos entrevistados acham que os conteúdos das redes sociais influenciam na opinião das pessoas. Levando em consideração que os algoritmos que determinam grande parte do que as pessoas verão em seus feed das redes sociais, concluímos que eles são capazes de modificar pensamentos e ações involuntariamente.
“Diante desse controle disfarçado, algumas atitudes podem ser tomadas, como: diminuição do uso das redes sociais, não perder a conexão com o mundo real – estando ligado com as atividades fora do mundo virtual -, e saber diferenciar os seus desejos reais daqueles que são induzidos pela internet” aponta a psicóloga Ana Gabriela Andriani.