Os aplicativos de namoro se tornaram uma das formas mais populares de encontrar possíveis parceiros românticos nos últimos anos, e isso não é diferente no Brasil, onde aplicativos como Tinder e Grindr receberam notável crescimento graças à popularização dos smartphones. No entanto, com o aumento do uso desses apps, também vem o aumento de termos e expressões em inglês que podem ser confusos para os usuários em países como o nosso. Neste artigo, vamos explorar alguns dos termos mais comuns utilizados em aplicativos de namoro e o que eles significam, para que você possa procurar a alma gêmea ou marcar um encontro casual sem confusão.
As gírias mais comuns
- Catfishing: provavelmente a expressão em inglês mais conhecida, catfishing é um termo que se refere ao ato de criar um perfil falso ou, em linhas mais gerais, fingir possuir uma aparência ou personalidade diferente da realidade, geralmente com a intenção de se passar por outra pessoa ou de convencer alguém a continuar uma conversa. Isso pode incluir usar fotos e informações falsas para atrair outras pessoas em aplicativos de namoro, roubando informações de pessoas reais ou criando um perfil do zero. O termo vem do documentário de 2010, “Catfish”, que conta a história de um homem que se comunica com uma mulher online, mas descobre que ela não é quem diz ser. O catfish pode resultar apenas em uma simples decepção amorosa, mas também pode ser extremamente perigoso, por isso, especialistas em segurança online como a ExpressVPN montam guias para ajudar os usuários a reconhecer os perfis falsos, algo fundamental antes de usar qualquer app do tipo.
- Ghosting: é outro termo popular utilizado em aplicativos de namoro, e se refere ao ato de desaparecer repentinamente e sem explicação de uma conversa ou relacionamento. O ghosting tem recebido atenção crescente de psicólogos e sociólogos, sendo considerado um fenômeno perigoso para a saúde emocional das gerações atuais. Uma pessoa pode desenvolver um relacionamento profundo com alguém através da internet, enquanto o parceiro pode simplesmente desaparecer, parar de responder mensagens e ligações, sem explicação ou justificativa, impedindo o processo de mútua compreensão que geralmente ocorre em fins de relacionamento. O tratamento dos relacionamentos como algo descartável e rápido pode, aos poucos, gerar expectativas pouco saudáveis em quem está crescendo com acesso à internet.
- Breadcrumbing: o nome em inglês que que pode ser traduzido como “migalhas de pão” faz referência ao ato de manter alguém emocionalmente atrelado, mas com o mínimo esforço possível, ou seja, dando-lhe “apenas migalhas”. Isso pode significar mandar mensagens com baixa frequência e pouco investimento, recusar encontros presenciais, ou periodicamente curtir fotos em um perfil de rede social. A ideia de quem pratica o breadcrumbing é não deixar a pessoa perder o interesse, mas não investir muito de seu próprio tempo ou atenção.
- Benching: é outra prática comum em aplicativos de namoro. Isso se refere ao ato de manter alguém como uma opção no “banco de reservas” enquanto continua a procurar outras opções. A pessoa “reserva” é deixada como segunda opção caso não seja possível encontrar outra pessoa mais atrativa.
- Zombieing: parecido com o ghosting, o “zumbi” é o parceiro que desaparece repentinamente mas, periodicamente, reaparece e busca reatar a relação. Esse padrão de desaparecimento e reaparecimento pode ser considerado uma prática abusiva pois impede que o parceiro tenha estabilidade emocional na relação e, ao mesmo tempo, evita que ele seja capaz de superar por completo o relacionamento, causando um ciclo de ansiedade e esperança que pode ser difícil de ser quebrado.
Apesar de seu vocabulário próprio, bastante derivado do inglês, é possível notar que diversos tipos de perfil e comportamento em apps de namoro são na verdade adaptações para o universo online de fenômenos já conhecidos da vida cotidiana. No entanto, especialistas alertam que a impessoalidade da internet e seu ritmo acelerado podem aumentar o impacto desses comportamentos em nossa saúde mental, por isso, é importante aprender a identificá-los e, sempre que necessário, fugir de seus ciclos.