Mais da metade das pesquisas do Google não produz um único clique

Um dado alarmante para quem produz conteúdo: mais da metade das pesquisas do Google não produz um único clique.Pelo menos é o que demonstra uma nova análise.

análise vem de Rand Fishkin, co-fundador da grande plataforma de SEO Moz. Fishkin usou dados de uma empresa chamada JumpStart, que obtém os dados de navegação na Web de seu proprietário, conhecido fornecedor de antivírus Avast.

Mais da metade das pesquisas do Google não produz um único clique. Vamos aos números:

Analisando pesquisas de navegadores em dispositivos móveis e computadores nos EUA, a Fishkin descobriu que 50,33% das pesquisas resultam em nenhum clique. Do mesmo modo, 42% delas resultam em um “clique orgânico” e 4,42% produzem cliques nos anúncios.

Fishkin publicou os números em resposta às perguntas do Google às audiências sobre a investigação do Congresso dos EUA em relação à concorrência nos mercados digitais. Esses questionamentos foram anunciados antes da investigação antitruste do Departamento de Justiça sobre a indústria de tecnologia dos EUA. 

Em uma carta datada de 23 de julho, o Google foi questionado se menos de 50% das pesquisas em computadores e dispositivos móveis na pesquisa resultam em cliques para sites que não são do Google. 

A pergunta cita um blog postado pela Fishkin em junho, que mostrou que mais de 60% das pesquisas em navegadores de celular resultaram em nenhum clique, ou “pesquisas com clique zero”. Em todo o mês de junho, as pesquisas por clique zero representam 48% do total.

Por que isto ocorre?

Os snippets em destaque do Google, que captam respostas de sites de terceiros, ajudam a aumentar as pesquisas sem clique. Elas acontecem quando as pessoas não clicam ao encontrarem a resposta para a pesquisa. Alguns argumentam que eles ajudarão os profissionais de marketing com recursos maiores.

A resposta do Google aos legisladores destacou que muitos proprietários otimizam seus sites para que apareçam como trechos em destaque. Assim, mesmo com apenas um trecho responde ndo a uma pergunta não significa que os usuários não cliquem nele. Os sites também podem desativar os snippets em destaque.

Google domina de ponta a ponta

Source: StatCounter Global Stats – Search Engine Market Share

Fishkin também aponta que cerca de 12% dos cliques de busca vão para sites que o Google possui, como o YouTube e o Google Maps.

E ele argumenta que a empresa domina completamente a busca nos EUA. Inicialmente, a StatCounter, empresa de análise da web, coloca a participação do Google nos EUA em 88%. Porém, Fishkin afirma que, na verdade, este índice chega a 94% depois que o Google Images, o YouTube e o Google Maps são incluídos.

No Brasil, conforme a imagem acima, este índice chega a quase 100%. Mais precisamente, 97,16 %.

Mais da metade das pesquisas do Google não produz um único clique também em dispositivos móveis

Ele também chama a atenção para a principal diferença entre desktops e dispositivos móveis. Então, mais da metade das buscas hoje ocorrem nos navegadores de dispositivos móveis.

Combinando pesquisas para dispositivos móveis e computadores, há mudanças. Assim, a divisão entre zero cliques, cliques orgânicos e cliques em anúncios em janeiro de 2016 foi de aproximadamente 44%, 54% e 2%, respectivamente. Contudo, hoje os números são 50,33%, 42% e 4,42%.

Essa mudança foi impulsionada em grande parte pelo celular. A participação entre cada tipo de clique na área de trabalho permanecendo relativamente inalterada em três anos.

Por outro lado, em janeiro de 2016 no celular, zero cliques foram de 51%. Cliques orgânicos foram 44% e cliques em anúncios de 3%. Hoje, os cliques zero no celular são de 62%, os cliques orgânicos são de 38% e os cliques pagos são de 11%.

Portanto, como se vê, mais da metade das pesquisas do Google não produz um único clique. Porém, a empresa tem amplo domínio no mercado de pesquisas na web.

Via ZDNet

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Jornalista com pós graduações em Economia, Jornalismo Digital e Radiodifusão. Nas horas não muito vagas, professor, fotógrafo, apaixonado por rádio e natureza.
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