MIT encaixa dezenas de milhares de sinapses cerebrais artificiais em um único chip

Imagem: affen ajlfe | Flickr.

Um grupo de engenheiros do MIT colocou dezenas de milhares de sinapses cerebrais artificiais, conhecidas como memristores, em um único chip menor que um pedaço de confete.

MIT encaixa dezenas de milhares de sinapses cerebrais artificiais em um único chip

Em um artigo, os pesquisadores explicam como seu chip inspirado no cérebro foi capaz de lembrar e recriar uma imagem em escala de cinza do escudo do Capitão América e alterar de forma confiável uma imagem de Killian Court do MIT.

Jeehwan Kim, professor associado de engenharia mecânica do MIT, diz:

Até agora, as redes de sinapses artificiais existem como software. Estamos tentando construir hardware de rede neural real para sistemas portáteis de inteligência artificial. Imagine conectar um dispositivo neuromórfico a uma câmera do seu carro e fazer com que ele reconheça luzes e objetos e tome uma decisão imediatamente, sem precisar se conectar à internet.

Algum dia, você poderá transportar cérebros artificiais para executar esse tipo de tarefa, sem se conectar a supercomputadores, à internet ou à nuvem.

Cérebros artificiais

Esses testes podem parecer pequenos, mas a equipe acredita que o design do chip pode avançar no desenvolvimento de pequenos dispositivos portáteis de IA e realizar tarefas computacionais complexas das quais hoje apenas os supercomputadores são capazes.

O MIT não é a única instituição que trabalha para desenvolver chips neuromórficos. Apple, Google, Microsoft e NVIDIA têm suas próprias versões de hardware de machine learning. O chip Lohi da Intel imita o cérebro com 1.024 neurônios artificiais. Mas a maioria das sinapses cerebrais artificiais (memristores) usa prata. Todavia, a equipe de Kim percebeu que poderia fabricar cada memristor com ligas de prata e cobre, juntamente com silício. Isso lhes permitiu criar um chip de silício de 1 milímetro quadrado com dezenas de milhares de memristores.

Por fim, Kim disse:

Estamos usando sinapses artificiais para fazer testes de inferência reais. Gostaríamos de desenvolver ainda mais essa tecnologia para ter matrizes de maior escala para realizar tarefas de reconhecimento de imagem. E algum dia, você poderá transportar cérebros artificiais para executar esse tipo de tarefa, sem se conectar a supercomputadores, à internet ou à nuvem.

Fonte: Engadget

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Profissional da área de manutenção e redes, astrônomo amador, eletrotécnico e apaixonado por TI desde o século passado.
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