Novo no Ubuntu? Hora de se atualizar !

Por Emanuel Negromonte 9 minutos de leitura

Novatos no Ubuntu, mas também de outras distros costumam pesquisar o que fazer, ou como instalar, o que é válido, porém, existe muito material obsoleto e isto pode atrapalhar e até afastar algumas pessoas. Recomendamos também ler o nosso artigo, o que é o Linux.

Uma mudança no Ubuntu, e também na distro mãe, o Debian, foi o comando apt-get que ainda continua, mas existe a possibilidade de usar apenas o apt, por exemplo, para instalar o Gimp.
Antes o comando no terminal seria

$ sudo apt-get install gimp

Agora pode ser

$ sudo apt install gimp

Em vários tutoriais encontramos o apt-get. No geral a mudança é sutil e aqui no SempreUpdate,  pode notar, já estamos usando o comando mais simples nos posts mais recentes. No Linux, tivemos o triunfo do systemd, cujos comandos e funcionamento são diferentes do que se usava antes. Para saber mais, leia até o final.

Swap:

“Deixe pelo menos o dobro da sua memória RAM como swap”GB

Meia verdade, quase mito hoje, o swap é usado no caso de hibernação ou suspensão do computador além de ser um socorro caso sua memória não dê conta

Muitos tutoriais antigos recomendam que caso você tenha até 2GB, deixe o dobro da memória RAM como swap, mas caso você tenha 8GB vai deixar 16GB? Não tem necessidade alguma disso.
Explicando, como falado acima, a swap serve principalmente para socorrer e fazer o computador hibernar, mesmo se você tem 2 GB ou 1 GB de RAM, a swap pode ser dispensável.

O recomendado é ter, mas se você não vai usar hibernação e sabe o limite que sua memória aguenta, aí pode pensar em dispensar. 2GB de swap para hibernar é suficiente.

Outra possibilidade é usar o Zram, para instalar no Ubuntu e derivados basta:

$ sudo apt install zram-config

SSD:

Aqui temos o campeão em informações obsoletas. Uma delas é sobre a obrigatoriedade de deixar uma boa parte do disco livre, algo em torno dos 25 a 30% da capacidade total, segundo os tutoriais.
O motivo para esta informação não corresponder a verdade, é que hoje já temos SSD vindo de fábrica com uma reserva, logo podemos reservar um espaço menor.

No entanto se seu SSD for um modelo antigo anterior a 2015, deixar uns 25% de espaço livre continua recomendado.

Swap no SSD sim ou não? Tanto faz!

Exatamente isso caro leitor, vamos falar a verdade: se você está utilizando um SSD, dificilmente seu computador terá menos de 4GB de RAM e a menos que você seja o tipo que abra 30 abas em cada um dos 10 navegadores abertos e assista 4 vídeos ao mesmo tempo. Dificilmente vai consumir toda a RAM.

Como o SSD funciona por ciclos de escrita e leitura e tem limite para a escrita, tornou-se comum dizer que devemos evitar escritas desnecessárias no disco, para garantir uma maior vida útil.
Como já falado a swap tem suas utilidades e até pode ser dispensada, temos ainda o Zram uma ótima opção para o Ubuntu e também outras distros Linux.

O importante é ver a sua necessidade e que a escrita causada por uma eventual partição swap não vai reduzir a vida do seu SSD drasticamente.

PPA usar ou não usar?

Em muitos tutoriais você vai encontrar a recomendação para se evitar usar os ppa de terceiros ou seja aqueles que não vieram por padrão no seu Ubuntu ou derivado. De outro lado temos a disposição vários ppa’s disponíveis e para facilitar acabamos fazendo uso dos mesmos, mas e agora quem está com a razão?

A verdade é que ambas são posições com certo exagero e ao mesmo tempo possuem suas razões, só adicione ppa de fontes confiáveis. Como reconhecer uma fonte confiável ? Prefira as oficiais e pode ter certeza para Ubuntu e derivados você encontrará um ppa oficial ou confiável.

Caso não encontre um ppa oficial, por assim dizer, escolha um que seja confiável como os do webupd8 que contém por exemplo, o java da oracle, entre outros aplicativos. Fuja de ppa obsoleto não o adicione, para verificar é simples: primeiro olhe para qual versão do Ubuntu ele é destinado, verifique a última atualização do aplicativo/pacote caso ela seja muito antiga, pode ser um alerta para não utilizar o mesmo.

Particionamento do disco:

A receita clássica é separar em: swap, raiz e home (onde ficarão os arquivos do usuário) alguns recomendam uma partição boot. No caso de dual boot com windows 8, 8.1 ou 10 é recomendado uma partição EFI, o que é meia verdade caso escolha manter o windows do 8 ao 10, geralmente a EFI já estará lá e é essencial para o caso do disco estar formatado em GPT, o que acontece com boa parte dos novos laptops, por exemplo.

Agora caso decida usar GPT sem windows (ou se não tiver jeito), é importante uma partição em fat32, alguns indicam fat16, que será a partição  /boot/efi

Assim uma divisão legal em caso do seu disco estar em GPT seria
swap (leia acima na parte sobre o swap)
/boot/efi em fat32
/boot (opcional) geralmente em ext4
/ (conforme sua preferência o padrão é ext4, mas nada impede um xfs ou btrfs por exemplo)
/home (conforme falado acima)

Lembre-se: no Linux, padrão não significa obrigatório!!

As vezes encontramos tutoriais que falam nas partições /opt, /usr, /etc entre outras, fique tranquilo, a / ou raiz já contém todas essas e não tem necessidade de deixar as mesmas separadas (mas caso queira, o Linux é livre) estas divisões valem para no caso de servidores ou algum projeto bem especifico.

Não misture KDE com Gnome (ou qt com gtk):

Se pesquisar 10 vezes você encontrará pelo menos 7 esta recomendação, opiniões divergentes e aqui vamos falar a verdade: use o bom senso!! Existe mais argumentos contra usar aplicações do KDE no Gnome (que estará substituindo o Unity) do que usar programas via wine, para ver a proporção da coisa.

Sim, instalar um programa do KDE em ambiente gnome, vamos citar como exemplo o okular, um ótimo leitor de pdf, vai puxar várias dependências, mas se você tiver espaço suficiente não será um problema.

Existem programas que usam qt e outros gtk e pode usar ambos sem se estressar.

Como se manter atualizado e não ficar parado no tempo:

  • Acesse o fórum oficial da sua distro.
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  1. Para saber mais sobre o Systemd e como realizar a configuração corretamente.
  2. Deixe seu Ubuntu mais leve: Neste artigo você também ficará sabendo mais sobre a Zram.
  3. Como instalar programas/pacotes .tar.gz, tar.bz2, tar.xz no Linux
  4. Comandos Básicos do Terminal.
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