O longo caminho da Western Digital dos padrões abertos aos chips open source

A Western Digital deu os passos necessários rumo ao mundo open source. Foto: Divulgação.

A empresa começou com um microprocessador pioneiro nos anos 70. Agora, a Western Digital está traçando um novo curso no mundo open source.

Sobre a Western Digital

A Western Digital, conhecida da maioria como uma vendedora de discos rígidos, apostou todas as fichas que tinha no open source. Antes de mais nada, ela não é uma estranha ao software open source e está longe de ser a primeira empresa de hardware a adotar o open source. Recentemente, ela tornou-se uma pioneira ao se atirar de cabeça nas águas desconhecidas do silício open source.

Como muitas empresas que começaram no mundo proprietário, a vendedora de armazenamento precisou dar pequenos passos para entrar no software open source.

Em uma entrevista, o diretor sênior de sistemas e tecnologias de software, Jorge Campello, disse que a jornada começou com os padrões abertos.

Padrões abertos pavimentam o caminho

Ele disse:

Padrões abertos têm sido uma parte integral de como fazemos negócios por um longo tempo. Eu acho que temos estado tão comprometidos com eles, até mais tempo do que com o open source.

Em suma, nem todos os padrões eram livres e abertos. Assim, ele apontou que grandes empresas insistiram em certas especificações as quais ele se referiu como “padrões de facto”. Segundo ele:

Estes não eram padrões reais, mas sim empresas monopolizando nichos de mercado.

Dos padrões abertos até o Linux e o open source

O Linux é resultado de uma grande e unida comunidade. Imagem: Reprodução MakeUseOf.

Os pequenos passos dos padrões abertos ao software open source consistiam em se envolver em projetos open source “aqui e ali”, mas os projetos eram relativamente pequenos, tais como ferramentas para medir o rendimento e performance da rede.

Ao mesmo tempo, a empresa trabalhou basicamente como qualquer outra vendedora de hardware, vendendo muito de seu hardware em combinação com soluções de software proprietário, como as da Microsoft.

Agora, em vez de esperar que fornecedores de software escrevam códigos para integrar novos produtos de hardware em sua infraestrutura, os fornecedores de hardware agora frequentemente disponibilizam códigos nativos e permitem que a comunidade open source trabalhe sobre ele.

A transição de proprietário para open source, de controlar e possuir todos os aspectos de um produto à confiar em uma comunidade externa para desenvolver código que pode ou não ser útil, é frequentemente difícil para empresas que estão acostumadas em estar no controle do início ao fim. Logo, a Western Digital não está imune a tais problemas e à discussão sobre se vale a pena desenvolver software que possibilitará que um competidor surja regularmente.

Trabalhando com o Linux

Ao trabalhar dentro da estrutura que os desenvolvedores do Linux já tem estabelecida, a empresa aprendeu que com o open source, o modelo antigo de simplesmente desenvolver código e apresentar não funciona. Campello diz:

Você tem que se tornar um membro verdadeiro da comunidade contribuindo e ficar por perto, pois bugs acontecem. Ao mesmo tempo, outras mudanças na arquitetura tem de ser compatíveis com as coisas que você coloca. Além disso, você se torna parte da comunidade que está mantendo o projeto.

Pelo lado positivo, há vantagens em ter software para seu hardware sendo desenvolvido de maneira aberta. Isso rompe as barreiras para que desenvolvedores externos encontrem novas maneiras de consumir o hardware.

Por fim, Campello acrescenta:

Uma das principais vantagens de uma arquitetura aberta é uma licença permissiva. Podemos iniciar numa funcionalidade no núcleo que é útil para todos e então adaptá-la para nossas necessidades.

Afinal, não é interessante como grandes empresas contribuem para o desenvolvimento do mundo open source?

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Fonte: Data Center Knowledge.

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Profissional da área de manutenção e redes, astrônomo amador, eletrotécnico e apaixonado por TI desde o século passado.
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