Código aberto

Intel amplia suporte ao Coreboot para Xeon 6 com parceria inovadora

A Intel avança no suporte ao Coreboot em parceria com a 9elements para plataformas Xeon 6, promovendo maior transparência, segurança e eficiência em servidores de alto desempenho. Saiba mais sobre esse movimento em direção ao código aberto.

Imagem com a logomarca do Intel

A Intel deu um passo importante em direção ao futuro dos data centers com o lançamento do suporte ao Coreboot nas plataformas Xeon 6, também conhecidas como “Granite Rapids”. Em colaboração com a empresa de consultoria 9elements, a Intel busca tornar os sistemas de firmware mais abertos, transparentes e seguros, reforçando seu compromisso com soluções de código aberto. Essa iniciativa é um marco que fortalece o ecossistema de código aberto em ambientes corporativos e servidores de alta performance.

O que é Coreboot?

Para quem não está familiarizado, o Coreboot é um tipo de firmware de código aberto. O firmware é o software básico que permite que o hardware de um computador, como o processador e outros componentes, se comuniquem corretamente antes do sistema operacional ser carregado. Em resumo, o firmware é o “primeiro software” que o computador usa para ligar e começar a funcionar.

Diferente do tradicional UEFI (Interface Unificada Extensível de Firmware), que é mais robusto e contém muitos recursos, o Coreboot tem uma abordagem mais simples e direta. Ele inicializa apenas os componentes essenciais do hardware, o que permite que o sistema ligue mais rápido e de forma mais eficiente.

Por que a Intel está investindo no Coreboot?

Logo da Intel destacando o suporte aos processadores Panther Lake e Diamond Rapids no Linux 6.12.

A Intel sempre foi uma defensora do código aberto. Desde as primeiras gerações de seus processadores Xeon, a empresa tem colaborado com a comunidade de firmware aberto. Essa abordagem oferece diversas vantagens, tanto para desenvolvedores quanto para empresas que utilizam servidores e data centers.

Com o Coreboot, a Intel visa tornar o firmware mais transparente, permitindo que empresas verifiquem o código em busca de vulnerabilidades e garantam que seus sistemas sejam seguros e confiáveis. Além disso, o Coreboot permite que o hardware seja iniciado de maneira mais eficiente, o que melhora o desempenho em ambientes de data center, onde otimização e rapidez são essenciais.

A colaboração com a 9elements

A Intel fez uma parceria com a 9elements, uma empresa especializada em soluções de firmware de código aberto, para ajudar a implementar o suporte ao Coreboot nas plataformas Xeon 6. Juntos, eles estão desenvolvendo uma solução de firmware que se alinha com a visão do Open Compute Project (OCP), uma iniciativa que visa tornar a infraestrutura de TI mais eficiente e aberta.

O objetivo dessa colaboração é garantir que o Coreboot funcione perfeitamente nas plataformas Xeon 6, proporcionando segurança reforçada, melhor escalabilidade e transparência no desenvolvimento de firmware. Embora o Coreboot seja uma solução poderosa, ele ainda precisa do Firmware Support Package (FSP) da Intel, que é um componente binário necessário para inicializar o processador corretamente.

Benefícios do Coreboot

1. Inicialização mais rápida

O Coreboot foi projetado para ser minimalista, inicializando apenas o que é necessário para o hardware funcionar. Isso significa que os servidores podem iniciar muito mais rápido, o que é especialmente útil em data centers, onde cada segundo conta.

2. Transparência e segurança

Por ser de código aberto, qualquer empresa ou desenvolvedor pode examinar o código do Coreboot e verificar se há problemas de segurança. Isso cria uma camada adicional de confiança e permite que vulnerabilidades sejam corrigidas rapidamente.

3. Escalabilidade e flexibilidade

O Coreboot é modular, o que significa que ele pode ser adaptado para diferentes necessidades. Empresas que precisam de soluções personalizadas para seus servidores podem usar o Coreboot para criar um firmware otimizado para suas cargas de trabalho específicas.

4. Sustentabilidade

O Coreboot também promove uma maior longevidade do hardware. Como o código é aberto e colaborativo, as melhorias feitas para os novos processadores, como o Xeon 6, também podem beneficiar gerações anteriores, estendendo a vida útil de servidores mais antigos e reduzindo o desperdício eletrônico.

O futuro dos servidores com Coreboot

A Intel acredita que o suporte ao Coreboot nas plataformas Xeon 6 é apenas o começo. A empresa está trabalhando para aumentar a adoção do Coreboot em ambientes corporativos e data centers, acelerando a transição do ecossistema x86 (a arquitetura usada pelos processadores Xeon) para soluções de código aberto.

Em uma declaração recente, a Intel reafirmou seu compromisso com plataformas abertas:
“Estamos reforçando nosso compromisso com plataformas abertas e colaboração. O Coreboot é um exemplo claro dessa missão. Com o lançamento do suporte ao Coreboot no Xeon-6, convidamos OEMs, parceiros e desenvolvedores a explorarem um futuro onde o firmware de código aberto possibilita inovação e escalabilidade.”

Intel e o compromisso com o código aberto

O envolvimento da Intel com o Coreboot não é novidade. Há mais de quatro anos, a Intel deu os primeiros passos no suporte ao firmware de código aberto com a colaboração no projeto OCP Tioga Pass, em parceria com a Meta. Desde então, a empresa tem expandido sua estratégia de firmware de código aberto, sempre em colaboração com a comunidade Coreboot, OEMs e provedores de serviços na nuvem.

Um novo passo para o futuro dos data centers

O suporte ao Coreboot nas plataformas Xeon 6 marca um avanço significativo para o futuro dos servidores e data centers de alto desempenho. Ao colaborar com a 9elements e promover soluções de código aberto, a Intel está ajudando a moldar um ecossistema mais seguro, eficiente e escalável, onde a inovação é impulsionada pela transparência e pela colaboração.

Se você é desenvolvedor, OEM ou parceiro interessado em explorar o Coreboot, agora é o momento ideal para se juntar a esse movimento e ajudar a moldar o futuro da infraestrutura de TI.