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Quinto lançamento beta do sistema operacional Haiku R1

Haiku R1 Beta 5 traz diversas melhorias, como suporte a áudio USB, desempenho de TCP otimizado, novos aplicativos e ajustes na interface, reforçando sua proposta de ser um sistema leve e eficiente. Não é baseado em Linux e possui um kernel próprio.

Screenshot do ambiente de desktop Haiku

Após um ano e meio de desenvolvimento, foi lançado o quinto beta do sistema operacional Haiku R1. Esse sistema não é baseado em Linux, ao contrário do que muitos podem pensar. O Haiku foi desenvolvido como uma continuação do BeOS, um sistema operacional que foi popular nos anos 90, mas acabou sendo descontinuado. Originalmente, o Haiku era conhecido como OpenBeOS, mas o nome foi alterado em 2004 por questões de direitos autorais. Agora, ele mantém as raízes do BeOS, focado em desempenho e simplicidade.

O Haiku não é uma distribuição Linux e utiliza seu próprio kernel (núcleo do sistema) em vez de usar o kernel Linux. Isso significa que ele é totalmente independente e não compartilha sua base com distribuições Linux populares, como Ubuntu ou Fedora. Para testar o sistema, foram disponibilizadas imagens Live boot (x86 e x86-64 com 1,4 GB), que podem ser executadas diretamente de um pendrive sem instalar nada no computador. O código-fonte do Haiku é majoritariamente aberto e distribuído sob a licença MIT, embora algumas partes, como codecs de mídia e bibliotecas, venham de projetos externos com diferentes licenças.

O que torna o Haiku diferente?

O Haiku é projetado para computadores pessoais e é altamente otimizado para responder rapidamente às ações do usuário. Ele foi desenvolvido com foco em multitarefa, o que significa que pode lidar muito bem com várias tarefas ao mesmo tempo. Desenvolvedores têm acesso a uma API orientada a objetos para criar aplicativos que aproveitam as funcionalidades exclusivas do sistema. Além disso, o Haiku é compatível com os programas desenvolvidos para o antigo BeOS.

Embora seja um sistema independente, o Haiku mantém algumas características familiares para quem já usou o Linux, como suporte a diversos programas de código aberto. No entanto, ele se diferencia pelo seu núcleo próprio e por ser baseado nas tecnologias do BeOS, e não em Linux.

Requisitos mínimos e desempenho

O Haiku pode rodar em hardware modesto, exigindo apenas um processador Pentium II ou AMD Athlon e 384 MB de RAM. Para um desempenho ideal, é recomendado usar um processador Intel Core i3 ou AMD Phenom II com 2 GB de RAM. Seu sistema de arquivos nativo, o OpenBFS, tem funcionalidades avançadas, como suporte a metadados, o que permite associar atributos aos arquivos, e uma estrutura que lembra um banco de dados, facilitando a pesquisa de arquivos no disco.

Novidades e melhorias no Haiku R1 Beta 5

  1. Interface de aparência simplificada: Agora, a seleção de cores foi facilitada, com apenas três parâmetros principais exibidos inicialmente. O restante é ajustado automaticamente com base nesses parâmetros, respeitando a escolha de tema claro ou escuro.
  2. Aprimoramentos para temas escuros: O sistema recebeu várias correções para melhorar a visualização e o uso de temas escuros, tornando-os mais coesos.
  3. Editor de ícones Icon-O-Matic: Foi adicionado suporte para transformação de perspectiva e a capacidade de usar imagens de referência como plano de fundo para facilitar o design de ícones.
  4. Monitor de bateria: Se o sistema detectar uma bateria, o aplicativo PowerStatus é adicionado automaticamente à barra de ferramentas, mostrando o estado de carga e os parâmetros da bateria, além de alertas para níveis baixos de bateria.
  5. Melhorias no gerenciador de arquivos: O Tracker agora destaca visualmente os diretórios e partições que estão no modo somente leitura com um fundo mais escuro, e desabilita opções que exigiriam permissões de gravação.
  6. Suporte a novos aplicativos: O sistema recebeu novos aplicativos KDE, além de maior compatibilidade com programas GTK, e uma nova versão do GDB 15, ferramenta importante para desenvolvedores.
  7. Compatibilidade com X11: Haiku R1 Beta 5 agora suporta o toolkit gráfico FLTK, com algumas limitações em funcionalidades OpenGL.
  8. Suporte a áudio via USB: Dispositivos de áudio USB agora são compatíveis, embora seja necessário reiniciar os serviços de mídia ao conectar ou desconectar um novo dispositivo.
  9. Otimizações no TCP stack: O desempenho das conexões TCP foi significativamente melhorado, resultando em até 10 vezes mais velocidade na transmissão de dados. A performance em loopback (localhost) também foi bastante otimizada.
  10. Melhorias no terminal: Agora, o terminal oferece suporte à inserção protegida de texto a partir da área de transferência e permite personalizar esquemas de cores.

Quem deve usar o Haiku?

O Haiku é uma excelente opção para quem busca um sistema operacional leve, rápido e eficiente para computadores pessoais. Ele é ideal tanto para desenvolvedores quanto para usuários que desejam uma alternativa moderna ao Linux ou Windows, especialmente aqueles que têm interesse no legado do BeOS. No entanto, vale ressaltar que, por ser um sistema com desenvolvimento contínuo, ele ainda pode não ter todos os recursos e compatibilidade esperados de sistemas mais populares.

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