Pandemia deve mudar para sempre forma como trabalhamos

O futuro do trabalho já chegou. A pandemia acelerou um processo que já começava a se tornar tendência. O escritório do local de trabalho vai ficando cada vez mais no passado ou pelo menos sofrendo a forte concorrência da própria casa do funcionário. Assim, a pandemia deve mudar para sempre forma como trabalhamos.

Este é o caso, por exemplo, da japonesa Fujitsu, uma das empresas internacionais mais importantes do setor de TIC. Ela anunciou um plano permanente de teletrabalho para todos os cerca de 80.000 funcionários no Japão. O programa é chamado “Mudança na vida profissional”. Elee tenta oferecer grande flexibilidade ao pessoal da multinacional, com horários adaptados à situação dos trabalhadores e teletrabalho em casa como padrão, sempre que possível.

O melhor de tudo é que o próprio trabalhador poderá optar se quer fazer seu serviço de casa ou ir até o escritório. De acordo com o plano anunciado, um funcionário da Fujitsu poderá usar seu tempo com flexibilidade para combinar suas responsabilidades profissionais com seu estilo de vida.

Pandemia deve mudar para sempre forma como trabalhamos

Isso vai de encontro a uma pesquisa recente da Salesforce com mais de 3.500 consumidores em todo o mundo. Eles queriam saber como os funcionários veem a perspectiva de retornar ao ambiente antigo de trabalho depois da experiência de home office. A cada duas semanas, a Salesforce Research pesquisa a população em geral para descobrir como os consumidores e a força de trabalho estão navegando na pandemia de COVID-19.

Clique  aqui para explorar os   dados do Tableau em dados demográficos e geográficos. Abaixo estão algumas sugestões importantes de entrevistados de todo o mundo. Aqui está uma visão geral da pesquisa:

  • As principais preocupações são cinco: situação financeira de longo/curto prazo, segurança no trabalho, saúde física e saúde mental.
  • A longo prazo, 64% dos trabalhadores desejam passar pelo menos algumas horas em um escritório, loja, fábrica ou outro tipo de local de trabalho, em vez de trabalhar totalmente remotamente.
  • Quarenta e três por cento dos trabalhadores dizem que receberam uma comunicação clara sobre um plano de reabertura.
  • Cinqüenta e dois por cento dos trabalhadores em geral se sentem à vontade para compartilhar informações pessoais, como dados de saúde e contatos, para manter o local de trabalho seguro.
  • Setenta por cento dos trabalhadores urbanos ainda preferem trabalhar nas cidades contra um subúrbio.

O MODELO DE TRABALHO HÍBRIDO

A geração Z em breve se tornará o maior segmento da força de trabalho e eles estão interessados ??em uma abordagem híbrida do tempo de trabalho dividido entre casa e local de trabalho. Setenta e quatro por cento da Geração Z prefeririam trabalhar em casa ou dividir o tempo em casa e no trabalho. Trinta e sete por cento dos participantes da pesquisa gostariam de continuar trabalhando em tempo integral em casa, mesmo após a pandemia. Sessenta e quatro por cento dos entrevistados gostariam de passar algum tempo trabalhando em um escritório ou local fora de suas casas. Apenas 32% dos trabalhadores pensam que seus empregadores reduzirão ou eliminarão a pegada imobiliária.

Pandemia e cultura geek

Outro aspecto a levarmos em conta neste período é como fica o consumo cultural. Afinal, são salas de cinemas fechadas, incertezas sobre a CCXP e muitos cancelamentos de filmes, séries e lançamentos de livros. Com tanto acontecendo ao mesmo tempo, o escritor de terror e amante da cultura geek AT Sergio fala sobre a sobrevivência desse universo durante a pandemia.

Segundo AT Sergio, escritor pernambucano que circula pelos universos do terror e da ficção e já participou de várias antologias, acaba de lançar seu primeiro romance infanto juvenil e de ser indicado, com Eles, para o Prêmio Odisseia de Literatura Fantástica.

Além da pandemia pelo novo Coronavírus, vendavais, nuvens de gafanhotos fazem parte do pacote. Tudo bem que muitos desses considerados desastres naturais sempre fizeram parte da nossa história, mas vamos combinar que, especificamente em 2020, está tudo parecendo partes de um mesmo roteiro, que provoca incerteza e medo a cada momento. Ou seja, dos bons.

AT lembra que, por causa da pandemia, teremos que esperar mais tempo por 007 – Sem tempo para morrer, Um lugar silencioso 2, Novos Mutantes, The Batman, Viúva Negra, Os Eternos, e outros. O ano, agora, promete ser 2021. Que os bons ventos da cultura Geek nos protejam até lá.

Entre os cancelamentos, Stranger Things, Carnival Row, Riverdale, Wandavision, Falcão e o Soldado Invernal, O Senhor dos Anéis, entre outras, simplesmente não tem mais data para voltar. “O quanto apocalítico isso pode ser?”, brinca AT. Na questão literária, não teremos Bienal do Livro, nem FLIP, e as premiações, como é o caso da Odisseia, vão acontecer de forma online.

AT lembra que entre as escolhas dos autores que não querem cair no esquecimento estão: mais exposição nas redes, lives e parcerias para vendas online. O próprio autor trocou o lançamento de um novo livro inédito, que aconteceria por causa da Bienal do Livro, pela coletânea As 13: Histórias Diversas, que traz dois contos inéditos, no começo deste ano, e que está disponível ainda apenas em versão online, na Amazon.

Com Genbeta, ZDNet e Assessoria

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Jornalista com pós graduações em Economia, Jornalismo Digital e Radiodifusão. Nas horas não muito vagas, professor, fotógrafo, apaixonado por rádio e natureza.
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