Qual Linux Kernel usar?

Saber qual Linux Kernel usar é a dúvida de muita gente, especialmente por quem vai usar em um produto, dispositivo, notebook, desktop, servidor e tantos outros locais dos mais simples aos mais inusitados. O Greg Kroah-Hartman um dos principais desenvolvedores do Linux Kernel fez um artigo em seu site dando algumas dicas de qual Kernel escolher e nós vamos destacar alguns pontos importantes do artigo.

Em primeiro momento, Greg já responde de cara que o melhor Linux Kernel é aquele mantido pela sua distribuição, ou seja, aquele kernel que já vem instalado e que geralmente é atualizado posteriormente através dos canais oficiais de software de cada distribuição. Neste ponto, ele listou o melhor Linux Kernel, e o menos recomendado é o LTS mais antigo que ainda é mantido. A atualização do Linux Kernel deve ser feita com cautela e não por esporte.

Greg aponta que a melhor solução para quase todos os usuários do Linux é simplesmente usar o kernel da sua distribuição Linux favorita. Pessoalmente, ele prefere as distribuições Linux comunitárias rolling release que sempre vão receber a versão do kernel atualizado mais recente e são suportadas por essa comunidade de desenvolvedores. As distribuições nesta categoria são openSUSE, Arch, Gentoo, CoreOS e outras.

Ressalta que todas essas distribuições usam o mais recente release do kernel upstream estável e garantem que quaisquer correções de bugs necessárias sejam aplicadas regularmente. Esse é o kernel mais sólido e melhor que você pode usar quando se trata de ter as últimas correções, lembre-se de todas as correções são correções de segurança.

Existem algumas distribuições da comunidade que demoram um pouco mais para atualizarem para uma nova versão do kernel, mas eventualmente chegam lá. Esses também são ótimos para usar, e exemplos disso são Debian e Ubuntu.

Só porque eu não listei sua distro favorita aqui não significa que seu kernel não seja bom. Procure no site pela distro e verifique se o pacote do kernel está constantemente atualizado com os últimos patches de segurança, e tudo deve ficar bem.

Ele diz que, muitas pessoas parecem gostar do antigo modelo “tradicional” de uma distribuição e usam o RHEL, SLES, CentOS ou o lançamento “LTS” do Ubuntu. Essas distros escolhem uma versão específica do kernel e não saem mais dela por anos, se não décadas. Eles fazem um imenso trabalho backporting das últimas correções de bugs e às vezes novos recursos para esses kernels, tudo para manter o número da versão e assim nunca ser alterado, apesar de ter milhares de alterações no topo da versão mais antiga do kernel. Esse trabalho é um trabalho pesado e os desenvolvedores atribuídos a essas tarefas fazem um trabalho maravilhoso para atingir esses objetivos. Se você gosta de nunca ver o número da versão do seu kernel mudar, então use estas distribuições.

Resumo

Então, aqui está uma pequena lista de diferentes tipos de dispositivos, e o tipo de kernel que o Greg recomendaria:

  • Notebook/Desktop: Última versão estável
  • Servidor: A versão estável mais recente ou a versão mais recente do LTS
  • Dispositivos: A versão mais recente do LTS ou versão mais antiga do LTS, se o modelo de segurança utilizado for muito forte e preciso.

E quanto a ao Greg, o que ele faz nas próprias máquinas? Os notebooks executam o kernel em desenvolvimento mais recente, mais as alterações do kernel nas quais ele esta trabalhando atualmente e os seus servidores executam a última versão estável. Então, apesar dele estar no comando dos lançamentos do LTS, ele mesmo não os utiliza, exceto nos sistemas de testes. Confia no desenvolvimento e nas últimas versões estáveis ??para garantir que as máquinas dele estejam executando as versões mais rápidas e seguras que foram criadas até o momento.

Se você ainda tem dúvida sobre qual Linux Kernel escolher, então recomendo que leia todo o artigo escrito pelo Greg, o texto é muito rico e de fácil compreensão, boa leitura.

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Fundador do SempreUPdate. Acredita no poder do trabalho colaborativo, no GNU/Linux, Software livre e código aberto. É possível tornar tudo mais simples quando trabalhamos juntos, e tudo mais difícil quando nos separamos.
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