Proibição social

Austrália impõe proibição de mídias sociais para menores e pode inspirar outros países

Austrália segue o exemplo da França e impõe uma proibição de mídias sociais para menores de 16 anos. Outros países podem adotar medidas semelhantes, enquanto plataformas se opõem à lei.

Brasil é o 3º país que mais usa redes sociais no mundo
redes sociais

Recentemente, a Austrália seguiu a iniciativa da França e aprovou uma legislação que proíbe o uso de aplicativos de mídias sociais por menores de 16 anos, em resposta ao impacto negativo das plataformas na saúde mental dos jovens. A medida foi motivada por estudos que associam o uso crescente das redes sociais à queda significativa no bem-estar psicológico de adolescentes, incluindo o aumento de casos de suicídios e autolesões.

Proibição de Mídias Sociais para Crianças: Outros Países Devem Seguir Exemplo da Austrália

Adolescentes em redes sociais

A nova lei foi apresentada pela Ministra de Comunicações da Austrália, Michelle Rowland, que destacou o perigo das mídias sociais para muitos jovens australianos. Estudo revelou que dois terços dos adolescentes de 14 a 17 anos visualizaram conteúdos extremamente prejudiciais, como suicídio, abuso de substâncias, autolesões e material violento. Um quarto dos adolescentes também foi exposto a conteúdos que promovem hábitos alimentares inseguros.

A Influência de Outras Nações: França e Reino Unido

A França, que já impôs uma lei mais branda proibindo o uso de mídias sociais para menores de 15 anos, agora está pressionando para que a União Europeia adote uma proibição mais abrangente, semelhante à australiana. O Ministro da Educação da França, Anne Genetet, um médico de formação, sugeriu que a legislação da UE siga o exemplo da Austrália.

Além disso, o governo britânico também considera a implementação de uma proibição, com autoridades já em contato com a Austrália para entender melhor como a lei será aplicada e quais os desafios práticos dessa medida.

Resistência das Plataformas de Mídia Social

As grandes plataformas de mídias sociais, como Meta, TikTok, Snapchat e X (anteriormente conhecido como Twitter), estão se opondo veementemente à proibição. Meta, por exemplo, expressou preocupações sobre o processo legislativo, alegando que a legislação foi apressada e não levou em consideração de maneira adequada as evidências científicas sobre o tema. TikTok também criticou a medida, chamando-a de “impraticável” e cheia de questões não resolvidas.

Desafios Práticos: Verificação de Idade e Privacidade

Uma das grandes questões envolvendo a implementação dessa legislação é como garantir a verificação de idade de maneira eficaz e sem violar a privacidade dos usuários. O governo australiano já descartou o uso de documentos oficiais, como passaportes, para verificar a idade dos menores, devido a preocupações com privacidade.

Outro desafio é que os adolescentes, conhecidos por sua habilidade tecnológica, podem encontrar maneiras de contornar as restrições. Assim, a responsabilidade pela fiscalização recai sobre as próprias plataformas, que poderão ser multadas caso permitam o acesso de menores a seus serviços. Isso levanta questões sobre a eficácia do controle e a viabilidade da aplicação da lei.

Com o crescente apoio internacional a essas medidas, outras nações podem seguir o exemplo da Austrália e da França, criando um movimento global em direção à proteção da saúde mental dos jovens no contexto digital. No entanto, as discussões sobre a regulamentação das mídias sociais continuam, com um equilíbrio delicado entre proteção infantil e os interesses das empresas de tecnologia.

Acesse a versão completa
Sair da versão mobile