Safari no iOS 26: 4 Novidades e o impacto na web

Análise completa das novas funções de privacidade, web apps e identidade do navegador da Apple e o que elas representam para o futuro da web.

Por
Jardeson Márcio
Jardeson Márcio é Jornalista e Mestre em Tecnologia Agroalimentar pela Universidade Federal da Paraíba. Com 8 anos de experiência escrevendo no SempreUpdate, Jardeson é um especialista...

O Safari no iOS 26 chega com um novo visual chamado Liquid Glass, mas, curiosamente, as mudanças mais profundas não estão na estética. O verdadeiro impacto está nos bastidores: recursos que afetam diretamente privacidade, interatividade e segurança de milhões de usuários ao redor do mundo.

Nesta análise, vamos detalhar as quatro grandes novidades do navegador da Apple: a proteção avançada contra fingerprinting, a evolução dos web apps, o suporte a imagens HDR e a verificação de identidade com a Wallet na Web. Mais do que listar, vamos contextualizar como cada recurso muda o cenário da web e o que isso significa para usuários, desenvolvedores e a concorrência.

Quando a Apple move uma peça no tabuleiro dos navegadores, todo o ecossistema sente o impacto. Afinal, mesmo com participação menor que o Chrome no mercado global, o Safari é referência no mundo mobile e sua evolução força ajustes em padrões web, práticas de desenvolvimento e até nas estratégias de empresas que dependem de aplicações baseadas no navegador.

Imagem: Gizchina

Privacidade em primeiro lugar: A nova proteção avançada contra fingerprinting

Uma das mudanças mais significativas do Safari no iOS 26 é a Proteção Avançada contra Impressão Digital (fingerprinting).

O fingerprinting funciona como uma coleta invisível de dados: o navegador transmite detalhes como fonte instalada, resolução da tela, hardware e até padrões de comportamento do usuário. Ao juntar essas informações, sites e anunciantes conseguem montar um perfil quase único, rastreando a navegação sem precisar de cookies.

A Apple já havia implementado proteções contra fingerprinting em modos privados, mas, a partir do iOS 26, o recurso passa a ser padrão em toda a navegação. Isso significa que cada site receberá menos informações identificáveis sobre o dispositivo, reduzindo drasticamente a possibilidade de rastreamento invisível.

Como isso se compara ao Firefox e ao Brave?

O tema privacidade é disputado por navegadores como Firefox e Brave, que historicamente lideraram esse debate. O Firefox tem a Total Cookie Protection, que isola cookies por site, enquanto o Brave aposta em seus Shields, bloqueando scripts de rastreamento e técnicas avançadas de fingerprinting.

O diferencial da Apple é levar a proteção para a base de usuários que não necessariamente instalam navegadores alternativos, tornando a medida mainstream. Se o Firefox e o Brave servem a nichos mais engajados em privacidade, o Safari no iOS 26 amplia a barreira de proteção para centenas de milhões de pessoas, pressionando concorrentes a elevarem seus padrões.

Web apps finalmente recebem a atenção que merecem

Uma das críticas históricas à Apple é sua resistência em adotar Progressive Web Apps (PWAs) no mesmo nível de suporte visto no Android/Chrome. Isso agora começa a mudar.

No Safari no iOS 26, qualquer site adicionado à Tela Inicial pode se comportar como um aplicativo independente: abre em tela cheia, aparece no Seletor de Aplicativos e tem comportamento mais próximo de apps nativos.

Essa mudança reposiciona os web apps como alternativas reais a aplicativos baixados pela App Store. Para usuários, significa mais flexibilidade. Para desenvolvedores, abre um caminho de distribuição menos dependente das regras rígidas da Apple.

O que isso significa para os desenvolvedores e o futuro dos apps?

Para a comunidade de desenvolvedores web, a novidade é um divisor de águas. Em vez de obrigatoriamente passar pelo controle da App Store, projetos menores ou serviços corporativos podem apostar em PWAs mais robustos, distribuídos diretamente aos usuários.

Isso também reacende a discussão sobre o poder das lojas de aplicativos. Embora a Apple ainda mantenha forte controle sobre APIs e integrações do sistema, o Safari no iOS 26 sinaliza que a empresa precisa abrir espaço para a web avançar como plataforma de aplicações.

Verifique com a wallet: A identidade digital chega à web

Outra inovação é o recurso “Verificar com a Carteira na Web”, que permite confirmar identidade e idade usando documentos digitais armazenados na Apple Wallet.

Na prática, isso facilita processos como verificar a idade em um serviço de streaming ou confirmar identidade em um site de compras sem precisar enviar documentos manualmente. Além de mais rápido, é também mais seguro, já que os dados são transmitidos de forma criptografada.

Padrões abertos em ação: W3C e FIDO

Um ponto importante: a Apple não está reinventando a roda. Esse recurso usa padrões abertos, como a API de Credenciais Digitais do W3C e o protocolo FIDO CTAP.

Isso significa que, em tese, a funcionalidade poderá ser aproveitada também por outros navegadores e sistemas. Para a comunidade técnica, é um passo importante na direção de uma identidade digital interoperável, que vai além do ecossistema da Apple.

Uma web mais vibrante com imagens HDR

O suporte a imagens HDR (High Dynamic Range) é outra novidade que reforça o salto de qualidade do Safari no iOS 26.

O HDR permite mostrar cores mais ricas, maior contraste e detalhes mais realistas, aproximando a experiência da navegação web da qualidade encontrada em aplicativos nativos de fotos e vídeos.

Para fotógrafos, designers e criadores de conteúdo, isso representa a chance de exibir trabalhos com fidelidade superior. Para usuários finais, o impacto é imediato: sites visivelmente mais bonitos, vibrantes e próximos do mundo real.

É também um lembrete de como o Safari desempenha um papel importante em impulsionar padrões visuais da web. Assim como a Apple já ajudou a consolidar formatos como o HEIC e o WebKit, o suporte ao HDR pode acelerar sua adoção em escala global.

Conclusão: Um safari mais poderoso e um recado para a web

O Safari no iOS 26 não é apenas sobre o novo design Liquid Glass. Ele marca uma virada estratégica da Apple em quatro frentes fundamentais:

  • Privacidade: proteção contra fingerprinting agora é padrão.
  • Web apps: sites com comportamento de aplicativos reais.
  • Identidade digital: verificação segura via Wallet, baseada em padrões abertos.
  • Imagens HDR: experiência visual superior na web.

O recado é claro: a Apple está consolidando o Safari como mais do que um navegador, mas como um pilar estratégico para a web. Isso pressiona concorrentes como Chrome e Firefox a se moverem, ao mesmo tempo em que oferece aos usuários finais uma experiência mais segura, vibrante e integrada.

E você, leitor: qual desses novos recursos do Safari mais chamou sua atenção? Acredita que essas mudanças vão forçar outros navegadores a evoluir mais rápido? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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Jardeson Márcio é Jornalista e Mestre em Tecnologia Agroalimentar pela Universidade Federal da Paraíba. Com 8 anos de experiência escrevendo no SempreUpdate, Jardeson é um especialista em Android, Apple, Cibersegurança e diversos outros temas do universo tecnológico. Seu foco é trazer análises aprofundadas, notícias e guias práticos sobre segurança digital, mobilidade, sistemas operacionais e as últimas inovações que moldam o cenário da tecnologia.
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