A DeepSeek, uma plataforma chinesa de inteligência artificial em ascensão, desativou temporariamente novos registros no DeepSeek-V3, sua principal ferramenta de bate-papo. A medida foi tomada após um ataque cibernético de grande escala atingir seus serviços, levantando preocupações sobre a segurança da plataforma e o impacto da rápida adoção de novas tecnologias de IA.
Nos últimos dias, o DeepSeek ganhou notoriedade global ao lançar um modelo avançado de IA que, segundo especialistas, rivaliza com grandes concorrentes do setor, como os modelos norte-americanos. Oferecendo custos significativamente mais baixos, a novidade causou repercussão no mercado financeiro, com quedas nas ações de gigantes da tecnologia devido à intensificação da corrida tecnológica.
Popularidade atrai novos desafios
No mesmo dia em que o aplicativo DeepSeek AI Assistant se tornou o mais baixado na Apple App Store, superando o ChatGPT, a plataforma foi alvo de um ataque que forçou a suspensão de novos registros.
Uma mensagem no site da DeepSeek confirma as dificuldades:
“Devido a ataques maliciosos em larga escala aos serviços do DeepSeek, estamos limitando temporariamente os registros para garantir a continuidade do serviço. Usuários existentes podem fazer login normalmente. Obrigado pela compreensão e apoio.”
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De acordo com especialistas, o ataque em questão é um ataque de negação de serviço distribuído (DDoS), no qual grandes volumes de tráfego sobrecarregam servidores, interrompendo serviços. Mesmo com as dificuldades no registro, usuários podem acessar a plataforma utilizando contas do Google, o que implica no compartilhamento de dados pessoais, como nome, e-mail e foto de perfil.
Falhas de segurança no modelo
Com a crescente atenção da mídia, o DeepSeek também atraiu o olhar de pesquisadores de segurança cibernética. Em um relatório divulgado pela empresa KELA, especialistas identificaram vulnerabilidades significativas no modelo de IA.
“O DeepSeek R1, embora semelhante ao ChatGPT em funcionalidade, apresenta falhas graves de segurança”, afirmou a KELA. A equipe de testes de segurança conseguiu desbloquear o modelo, permitindo que ele produzisse conteúdos potencialmente perigosos, como instruções detalhadas para criar ransomware, toxinas e dispositivos explosivos.
O incidente ressalta a necessidade de medidas robustas de segurança em tecnologias emergentes, especialmente aquelas amplamente adotadas por milhões de usuários.
