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Polícia polonesa desmantela rede de ataques DDoS contratados

Em uma ofensiva global contra crimes cibernéticos, autoridades da Polônia, em parceria com agências da Alemanha, Holanda e Estados Unidos, desativaram seis serviços de ataques DDoS sob demanda e prenderam quatro indivíduos supostamente responsáveis pela operação dessas plataformas.

Autoridades internacionais desarticulam rede de ataques DDoS alugados e capturam administradores na Polônia

Maioria dos ataques DDoS vem de computadores

As ferramentas digitais derrubadas — conhecidas como Cfxapi, Cfxsecurity, Neostress, Jetstress, Quickdown e Zapcut — eram oferecidas como “testes de estresse” legítimos em fóruns clandestinos e na dark web, mas eram amplamente utilizadas para sobrecarregar servidores e derrubar sites de escolas, empresas privadas, órgãos públicos e plataformas de jogos online desde 2022.

Com uma interface intuitiva, essas plataformas permitiam que qualquer pessoa com acesso à internet contratasse ataques a partir de apenas 10 euros. O usuário precisava apenas inserir o endereço IP da vítima e selecionar o tipo e a duração do ataque, sem necessidade de conhecimento técnico avançado.

Segundo a Europol, os serviços, classificados como booters ou stressers, viabilizavam que contratantes enviassem grandes volumes de tráfego malicioso contra alvos específicos, resultando em quedas significativas de sistemas e interrupções no funcionamento de serviços legítimos.

A investigação contou com o apoio da polícia holandesa, que não apenas compartilhou dados cruciais obtidos por meio de mandados, mas também criou plataformas falsas de DDoS com o intuito de alertar os usuários sobre a ilegalidade dessas ações. Nos Estados Unidos, nove domínios foram oficialmente apreendidos durante a mesma operação, enquanto a Alemanha ajudou na identificação de envolvidos.

Essa ofensiva faz parte da Operação PowerOFF, uma ação colaborativa internacional que visa eliminar serviços de DDoS contratados. Desde sua criação em 2018, a iniciativa já resultou na remoção de dezenas de domínios e na prisão de diversos operadores, incluindo a derrubada da famosa plataforma DigitalStress e o encerramento do serviço Dstat.cc.

Com essa nova etapa da operação, as autoridades reforçam o recado: contratar ataques digitais é crime, e os responsáveis — tanto operadores quanto usuários — estão sob vigilância e sujeitos a processos judiciais.

Por Jardeson Márcio

Jardeson é Mestre em Tecnologia Agroalimentar e Licenciado em Ciências Agrária pela Universidade Federal da Paraíba. Entusiasta no mundo tecnológico, gosta de arquitetura e design gráfico. Economia, tecnologia e atualidade são focos de suas leituras diárias.
Acredita que seu dia pode ser salvo por um vídeo engraçado.

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