A recente proposta de tarifas comerciais do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, gerou preocupação nas principais empresas de tecnologia. Apesar de Trump ainda não ter assumido o cargo, a ameaça de um possível aumento nas tarifas já afeta o setor. Um dos impactos mais notáveis disso é a decisão da Samsung de modificar o design dos seus celulares dobráveis, especialmente ao optar por substituir materiais importados da China, como o titânio, por alternativas mais acessíveis e locais.
Samsung planeja novos designs para dobráveis diante de possíveis tarifas com a China
O titânio, utilizado anteriormente no design do Galaxy Z Fold SE, tem grande parte de sua produção proveniente de fabricantes chineses. Com a intensificação das medidas tarifárias contra a China, a Samsung e outras gigantes do setor, como a Apple, buscam alternativas que reduzam a dependência de materiais chineses e evitem custos elevados. Assim, o titânio pode ser gradualmente substituído por outros materiais, como o vidro, em futuras versões dos dobráveis da Samsung.
A introdução do vidro nas traseiras dos dobráveis
De acordo com fontes da Samsung Display, a empresa já iniciou os trabalhos para desenvolver um novo backplane de vidro para seus dispositivos dobráveis, com previsão de implementação até 2026. O backplane é um componente crucial que conecta a dobradiça ao painel do dispositivo, e ao substituir o titânio e o plástico por vidro, a Samsung pode reduzir os custos de fabricação e melhorar o desempenho do dispositivo.
O vidro, sendo um material mais abundante e barato, pode facilitar a fabricação, além de oferecer vantagens como redução de peso e espessura no design dos aparelhos. Contudo, a troca de materiais pode trazer desafios, como a redução na dissipação de calor, já que o vidro é um isolante térmico, o que pode afetar o desempenho dos dispositivos em algumas condições.
Consequências e próximos passos
Embora ainda seja cedo para afirmar se as tarifas comerciais realmente afetarão o mercado de tecnologia, as empresas estão se preparando para possíveis mudanças. A Samsung, por exemplo, já está testando novos designs que podem não apenas minimizar o impacto de tarifas, mas também resultar em aparelhos mais baratos para os consumidores. A Apple também pode buscar isenções de tarifas, como fez durante o primeiro mandato de Trump, enquanto outras fabricantes, como a TSMC, suspendem projetos nos EUA até que o novo governo defina seus planos.
O futuro dos smartphones dobráveis parece promissor, mas as próximas decisões comerciais internacionais serão cruciais para moldar esse mercado.