Ultimamente tenho recebido muitas perguntas sobre como é a experiência de migrar para o linux e sobre como isso impacta na vida da pessoa se tratando de tecnologia, por esse motivo resolvi relatar a minha experiência nesses dois anos que estou usando linux (Ubuntu).
Nas primeiras semanas de uso do Ubuntu a minha intenção era manter o ecossistema funcionando com dualboot, para que eu pudesse acessar as ferramentas do outro sistema, no entanto, percebi que tinha alternativas a todo o trabalho básico no ubuntu e de forma mais acessível pra instalação, como deixei o janelas de lado, fiz mais uma formatação removendo o dualboot do computador e mantendo apenas o Ubuntu como sistema operacional, os 3 primeiros meses foram traumáticos, quebras constantes do sistema em tentativas de personalização (ainda não sabia usar o sistema) mas com o passar do tempo fui me ‘ajeitando’.
3 – O primeiro ano
O primeiro ano com linux é o mais difícil, pois além do preconceito das pessoas que sempre apontam pra dizer que o sistema é difícil sem o conhecer, tem também as dificuldades de iniciantes, como problemas com permissões, a falta de familiaridade com a hierarquia de diretórios e até mesmo a falta de compreensão do sistema, no entanto, a comunidade está sempre bem disposta a ajudar com as dúvidas e encontrei pessoas experientes que me auxiliaram nessa jornada.
4 – O segundo ano
A partir do segundo ano, tive mais facilidade de usar as ferramentas que o linux me oferecia, bem como uma melhor compatibilidade com o hardware do meu notebook (a aceleração gráfica funcionou apenas depois da atualização para o Ubuntu 14.10), o que me permitiu ter uma melhor experiência no desktop com relação ao linux e permitiu que começasse a contribuir ativamente com a comunidade, prestando suporte aos membros mais novos e compartilhando o conhecimento com todos.
5 – Chegou pra ficar
Hoje eu não deixo mais de usar o linux por facilitar o meu trabalho com desenvolvimento, e muitos me perguntam se pretendo voltar ou se pretendo fazer dualboot, a resposta curta é sempre a mesma: não! Para que eu possa voltar ao sistema proprietário será necessário uma demanda muito específica e sem alternativas, não pelo sistema ser proprietário, mas pela qualidade de software que encontrei no linux, um sistema seguro e estável que atende perfeitamente a minha demanda pessoal e profissional e a cada dia que passa está cada vez melhor.