O suporte ao DRM CI (Digital Rights Management Continuous Integration) foi implementado no Linux 6.6, a mais recente versão do sistema operacional de código aberto. Essa funcionalidade permite que os desenvolvedores testem e validem as alterações de código relacionadas ao DRM antes de enviá-las para o repositório principal do Linux.
O DRM é um conjunto de tecnologias que visa proteger os direitos autorais e evitar a pirataria de conteúdo digital, como filmes, músicas, jogos e livros. O DRM CI visa garantir que o Linux seja compatível com os padrões e requisitos do DRM, bem como evitar possíveis conflitos ou bugs que possam comprometer a segurança ou o desempenho do sistema.
O criador do Linux, Linus Torvalds, anunciou a implementação do DRM CI em um e-mail enviado à lista de discussão do kernel. Ele disse que o DRM CI foi um dos maiores destaques da nova versão, e que espera que ele ajude a melhorar a qualidade e a estabilidade do código do DRM. Ele também reconheceu que o DRM é um tema controverso e polêmico na comunidade de software livre, e que nem todos concordam com sua necessidade ou benefícios. Ele disse: “Vamos ver para onde vai. Eu sei que há muitas opiniões fortes sobre o DRM, mas eu acho que é importante termos uma infraestrutura robusta e confiável para lidar com ele”.
O DRM CI foi desenvolvido pela Intel, uma das principais contribuidoras do Linux, em parceria com outras empresas e organizações envolvidas no desenvolvimento e na distribuição de conteúdo digital. O DRM CI usa o GitLab CI, uma plataforma de integração contínua baseada na web, para executar os testes automatizados do código do DRM. Os resultados dos testes são enviados para o Patchwork, um sistema de gerenciamento de patches para o Linux, onde os mantenedores do kernel podem revisar e aprovar as alterações.
O DRM CI é um projeto experimental e voluntário, que não é obrigatório para os desenvolvedores que querem contribuir com o código do DRM. No entanto, os mantenedores do kernel incentivam os desenvolvedores a usarem o DRM CI para facilitar o processo de revisão e integração dos patches. Eles também esperam que o DRM CI sirva como um modelo para outros subsistemas do Linux que queiram adotar uma abordagem semelhante de integração contínua.