Tecnologia brasileira open source é usada no combate à fome

As mudanças climáticas vêm provocando alterações no meio ambiente de uma forma assustadora e que prejudica a produção de alimentos. A agricultura, portanto, tem se tornado uma prática cara, encarecendo também os preços dos alimentos que consumimos. Isso para quem consegue comprar, claro. Dadas as desigualdades sociais e econômicas certas comidas são simplesmente inacessíveis à população. Foi pensando em resolver esse grave problema que um grupo de desenvolvedores brasileiros resolveu criar uma tecnologia que seja acessível a todos, por um valor irrisório. E essa tecnologia brasileira faz uso do open source para ser usada diretamente no combate à fome.

Pesquisas e tecnologias com esse objetivo já vem sendo desenvolvidas, porém, elas chegam a países subdesenvolvidos como o Brasil com um custo geralmente inacessível, afirma um dos responsáveis pelo projeto, Julio Cesar Seigo Maruyama.

Júlio César quer aproveitar todo o potencial da internet, que possibilita a democratização de conhecimentos para ‘contribuir para a evolução da tecnologia na história da humanidade’.

Seguindo essa linha, quero entregar uma ferramenta para auxiliar no desenvolvimento sustentável durante o cultivo, melhorando a qualidade de vida e contribuindo para a erradicação da fome, democratizando o acesso a alimentos de qualidade.

Como a tecnologia brasileira open source é usada no combate à fome?

O projeto completa três anos de desenvolvimento agora em 2020. Segundo Sérgio, ele surgiu inicialmente como um auxílio durante o cultivo hidropônico, e se aprofundou ao longo do tempo.

Foi constatado que é necessário um sistema que trate os dados como um todo para melhores resultados durante o cultivo, para atender a alguns requisitos de cultivo protegido e agricultura de precisão.

Tenho programado rotinas em um microcontrolador Arduino que são responsáveis por coletar os dados e compartilhá-los com outros microcontroladores através de uma rede mesh esp. Os dados são processados entre os mesmos, que são automatizados baseados em boas práticas e pesquisas publicadas. O gateway da rede utiliza o protocolo MQTT(IoT) para comunicação externa, até o serviço em python o qual recebe os dados e persiste em um banco de dados Postgresql, explica Júlio.

O usuário consegue através de uma PWA desenvolvida em VueJs se comunicar com o serviço python através do protocolo MQTT para comunicação direta com a ferramenta quando necessário. Pode também requisitar dados e acompanhá-los pela PWA graças ao serviço NodeJs que entrega os dados contidos no Postgresql. Todos os serviços estão separados por containers Docker.

Ajuda ao projeto

Através deste venho buscar colaboradores que possam nos ajudar a concluir o projeto. São muitas coisas para serem corrigidas e melhoradas.

Se você entende de design de PCB, STM32, Engenharia Elétrica, python, MQTT, Postgresql, Javascript, CSS, VueJs, ServiceWorker, Física, Matemática, Química, Legislação, Fisiologia Vegetal ou Agronomia e quer fazer a diferença no mundo, deixar algo de valor para a humanidade, vamos conversar! Tenho as fontes disponíveis no GitLab, pesquisas e boas praticas em documentos on-line para discutirmos, destaca o desenvolvedor.

Acredito que só vamos evoluir como uma raça a partir do momento que tivermos mais amor, respeito e empatia pelo próximo. Pesquisas apontam que 16000 crianças morrem todos os dias por causa da fome. Se este projeto salvar apenas uma criança, já faremos a diferença.

Júlio ainda ressalta que ‘de nada adianta a evolução científica e tecnológica se elas não nos auxiliarem a evoluir como humanidade’.

Peço que vejam essa iniciativa como uma possibilidade de melhorar o mundo para todos, e se unam a essa causa. É justo que utilizemos dos recursos que temos para auxiliar todos aqueles que não os possuem.

Quem quiser colaborar com o projeto, pode acessar diretamente o site:

www.agriungo.com

Para entrar em contato, basta enviar um e-mail para: contato@agriungo.com

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Jornalista com pós graduações em Economia, Jornalismo Digital e Radiodifusão. Nas horas não muito vagas, professor, fotógrafo, apaixonado por rádio e natureza.
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